terça-feira, maio 23, 2006

DO BOM SENSO E DA CIDADANIA

22 de maio de 2006 -

BRASÍLIA - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República entendeu que o ministro da Justiça não cometeu nenhuma infração ou foi aético ao levar à casa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, no dia 23 de março, seu amigo e experiente advogado criminalista, Arnaldo Malheiros Filho, para discutir os tipos de crimes que teriam sido cometidos com a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Leonencio Nossa e Tânia Monteiro (estado de são Paulo)

Essa notícia demonstra que o bom senso prevaleceu. Até que ponto pode ser proibitivo uma pessoa, independente de quem quer que seja e em que situação esteja pedir a indicação de um amigo ou a outra de suas relações sobre a indicação de qualquer profissional para assisti-lo em uma situação que necessite.
Seria muito difícil entender até que ponto não poderíamos, por qualquer motivo, perguntar a um médico sobre qual colega esse indicaria se estivéssemos necessitando; ou um odontólogo, ou um advogado.
A insistência da oposição em tentar transformar esse fato corriqueiro em um cavalo de batalha demonstra, na verdade, a que ponto ou vai à tentativa a qualquer preço; mesmo o da lógica e da liberdade, não digo de um Ministro, mas de um homem comum, um cidadão, em fazê-lo, ou a visão torpe dessa do que seja DIREITO E CIDADANIA.
Obviamente, os dois aspectos têm que ser analisados; sem nenhum preconceito e sem qualquer aspecto ideológico.
Temos visto, muitas vezes, a assistência a esse nível dada por ADVERSÁRIOS, quer no campo político, econômico ou religioso.
A tentativa a qualquer preço de coibir esse tipo de relacionamento entre pessoas, é tentar PROIBIR A CIDADANIA.
O fato, vindo de quem veio, e da maneira que foi colocada não me causa espanto, pois muitos dos membros da oposição brasileira ascendem ao tempo da ditadura, onde os direitos do homem e do cidadão eram colocados em segundo plano.
Recordo-me da tentativa absurda de “fritarem” a qualquer preço, o Ministro Márcio Thomaz Bastos, de forma absurda e ditatorial.
A bem da verdade, isso demonstra o total desequilíbrio e irracionalidade a que chegou os vários grupos opositores brasileiros.
O desespero e a vontade de atingir a qualquer preço, o Presidente da República de forma racional ou irracional, levam a figuras de retórica contra sensuais como essa.
Mais uma vez, como em tantas outras, o bom senso prevaleceu.
E tudo volta à normalidade na República, para o bem da democracia e da cidadania.
Fica talvez a lição a ser aprendida; OS MEIOS NÃO JUSTIFICAM OS FINS, pois a impressão que resta é a do golpismo a qualquer preço, mesmo que das liberdades pessoais ou coletivas.