SONETO
Não posso mais falar, e nem pretendo
Saber desses desejos incontidos
Viver nesses espaços compreendidos
Entre o que houvera sido, vou vivendo
Nas marcas desses dias já perdidos
Do tempo, se esvaindo, mesmo tendo
Quem nada mais podia, nem alento
Singrando velhos mundos conhecidos.
O medo me transforma noutro canto
Num último senão já descoberto
No distanciar tonto, nada perto
Trafegando por mares entretanto
Pelo meu peito aberto a teu encanto
Pelo meu sonho morto a descoberto!
Saber desses desejos incontidos
Viver nesses espaços compreendidos
Entre o que houvera sido, vou vivendo
Nas marcas desses dias já perdidos
Do tempo, se esvaindo, mesmo tendo
Quem nada mais podia, nem alento
Singrando velhos mundos conhecidos.
O medo me transforma noutro canto
Num último senão já descoberto
No distanciar tonto, nada perto
Trafegando por mares entretanto
Pelo meu peito aberto a teu encanto
Pelo meu sonho morto a descoberto!
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