Meus tempos de criança - da madeira de dar em doido
Meu avô era proprietário de uma serraria, em Mirai, Minas Gerais, terra de Carmita Loures e de Ataulfo Alves.
Eu me recordo que, quando criança, adorava brincar com a serragem a qual chamávamos de pó de serra. Era uma delícia pular sobre aqueles montes que se formavam, quando se serrava uma tora de madeira.
A coceira que vinha depois, resultado de tais brincadeiras, nem de longe incomodava.
Eu era feliz e nem sabia.
Mas, um dia, para espanto de minha mãe, sempre zelosa com a limpeza, entranhou-se um odor insuportável na casa.
Por mais que ela varresse e lavasse a casa, a inhaca de esgoto não se dissipava.
Dona Osília, minha mãe, como toda mãe mineira era extremamente zelosa e cuidadosa com a casa.
Qualquer sujeira perdida em um canto da casa era motivo de apreensão e irritação. Recordo-me que, aos sete anos de idade, ao escrever sobre a mãe, no dia dedicado a elas, descrevi-a como uma “barata tonta”; o dia inteiro envolvida com as aulas no colégio, onde lecionava História, e a casa, onde refazia boa parte do trabalho que fora executado pela secretária da época.
Pois bem, a limpeza já se repetia várias vezes, quando percebi meu pai sorrindo, matreiramente, no canto da sala.
Aquele sorriso denunciava o mal feito. Meu pai era extremamente brincalhão e alguma ele tinha aprontado.
Passaram-se uma, duas, três horas e o cheiro continuava, para apreensão de minha mãe, justificando um olhar maroto do meu pai.
Depois da janta, fomos dormir.
De repente, acordei com a minha mãe reclamando em altos brados.
Perguntei o que tinha acontecido e a resposta veio rápida.
Naquele dia, tinham cortado na serraria, uma madeira chamada de canela. Mas não era uma canela comum, dessas parecidas com a Gabriela de Jorge Amado não.
A canela em discussão, era uma madeira que tinha uma característica única.
O odor exalado pela madeira, ao ser cortada, era profundamente desagradável e justificava o nome popular da dita madeira.
Meu pai, depois de cansar de ver minha mãe exasperada, resolvera, enfim, explicar a origem da inhaca insuportável e inexterminável.
“Osília, a tora que foi cortada hoje, é a de canela-bosta.”
Eu me recordo que, quando criança, adorava brincar com a serragem a qual chamávamos de pó de serra. Era uma delícia pular sobre aqueles montes que se formavam, quando se serrava uma tora de madeira.
A coceira que vinha depois, resultado de tais brincadeiras, nem de longe incomodava.
Eu era feliz e nem sabia.
Mas, um dia, para espanto de minha mãe, sempre zelosa com a limpeza, entranhou-se um odor insuportável na casa.
Por mais que ela varresse e lavasse a casa, a inhaca de esgoto não se dissipava.
Dona Osília, minha mãe, como toda mãe mineira era extremamente zelosa e cuidadosa com a casa.
Qualquer sujeira perdida em um canto da casa era motivo de apreensão e irritação. Recordo-me que, aos sete anos de idade, ao escrever sobre a mãe, no dia dedicado a elas, descrevi-a como uma “barata tonta”; o dia inteiro envolvida com as aulas no colégio, onde lecionava História, e a casa, onde refazia boa parte do trabalho que fora executado pela secretária da época.
Pois bem, a limpeza já se repetia várias vezes, quando percebi meu pai sorrindo, matreiramente, no canto da sala.
Aquele sorriso denunciava o mal feito. Meu pai era extremamente brincalhão e alguma ele tinha aprontado.
Passaram-se uma, duas, três horas e o cheiro continuava, para apreensão de minha mãe, justificando um olhar maroto do meu pai.
Depois da janta, fomos dormir.
De repente, acordei com a minha mãe reclamando em altos brados.
Perguntei o que tinha acontecido e a resposta veio rápida.
Naquele dia, tinham cortado na serraria, uma madeira chamada de canela. Mas não era uma canela comum, dessas parecidas com a Gabriela de Jorge Amado não.
A canela em discussão, era uma madeira que tinha uma característica única.
O odor exalado pela madeira, ao ser cortada, era profundamente desagradável e justificava o nome popular da dita madeira.
Meu pai, depois de cansar de ver minha mãe exasperada, resolvera, enfim, explicar a origem da inhaca insuportável e inexterminável.
“Osília, a tora que foi cortada hoje, é a de canela-bosta.”
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