terça-feira, agosto 01, 2006

Soneto

Nas espirais, cigarros me consomem,
Pela fumaça, vejo teu semblante,
Fui um dia, talvez, tão inconstante,
Mas as minhas lembranças, me fogem, somem...

Pois quisera poder ser um outro homem,
Ser tão menino, embora ser gigante
Ser teu par, teu parceiro, teu amante,
Mas todas as lembranças, matam, comem

O que me restaria, contrafeito
Do que pudesse vida, me restar,
Mas trago meu cigarro, meu defeito,

Tentar caber no brilho do luar,
Tentar fugir, burlando esse direito,
Vou tentando obrigar-te a me amar...