Tucanolândia - capítulo 31 - Da Ciência e da Tecnologia
Dom Gerald Aidimin, grande empreendedor tucanolandês, tinha como característica principal um amor gigantesco à cultura e a arte, além de um interesse exemplar em relação à tecnologia e ciência.
O maior problema é que, havendo uma cultura em Tucanolândia de que tudo aquilo que fosse importado era melhor; lucidamente, Dom Gerald, tão admirador da cultura européia e norte americana quanto Dom Fernando Henrique Caudaloso, achou por bem diminuir os investimentos em pesquisas tecnológicas.
Havia um instituto, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de Tucanolândia), que durante mais de cem anos financiava pesquisas para o desenvolvimento econômico e fortalecimento da indústria saint-paulina.
Pois bem, tal Instituto começou a agir contrariamente à filosofia de Dom Gerald. Estava começando a criar uma tecnologia tipicamente tucanolandesa o que, como todos sabemos, significa produtos de qualidade inferior ou, pelo menos, sem o charme dos produtos importados ou com tecnologia importada.
Não deu outra, dom Gerald, coerente com sua filosofia de tentar dar ao povo tucanolandês cultura e arte, como vimos no apoio a Dasdu, cortou pela metade os investimentos no tal IPT.
Obviamente não haveria necessidade de tantos funcionários, portanto, dom Gerald reduziu em dez por cento a quantidade de empregados.
Aliás, contasse a boca pequena, e isso parece mais intriga da oposição, que um outro motivo impulsionou dom Gerald na sua decisão.
IPT parece coisa daquele pessoal da periferia saint-paulina, aqueles socialistazinhos de mèrde.
Se ainda fosse IPSDB ou IPFL, ainda dava pra aturar, mas IPT...
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