sexta-feira, janeiro 22, 2010

23247

Telúricos caminhos, primavera
Expressam alegrias que não trago,
E quando vejo enfim tamanho estrago
A vida em novo tempo não se gera.

Enquanto a realidade degenera
Queria desta fera algum afago,
E mesmo a placidez do antigo lago
Viver em plenitude: quem me dera!

Acasos não são fases, frases soltas
As ondas que encontrei sempre revoltas
Denotam as marés que enfrento agora.

A morte se aproxima paulatina
Assim como inebria e me fascina
Eu sei que este momento não demora...

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