sexta-feira, janeiro 22, 2010

23248

De um tempo abandonado; eu sei, procedo
E vejo o quanto nada se criou
O beijo que deveras não te dou
Demonstra do passado o seu segredo.

E mesmo quando espúrio inda concedo
O resto do que trago se moldou
Ao verso que deveras desnudou
O quadro tão macabro, mas não cedo.

Reverso da medalha; vivo apenas
Enquanto com futuro tu me acenas
As cenas que por certo presencio

Aspectos corriqueiros e banais
Respondem ao meu peito que jamais
Eu vencerei em paz tal desafio...

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