domingo, janeiro 24, 2010

23404

Olhando para o túmulo que espera
As marcas do passado; ainda vivas
Imagens que pensara mais altivas
Demônios entre os dentes, besta fera.
O medo do futuro não tempera
As horas que inda restam; delas privas
Enquanto em cores mórbidas te crivas
A morte em nova vida degenera.
Servil como se fora um tosco cão,
Regando com suor a plantação
Figura mera e fátua; um campônio
Que expressara no riso uma alegria
De uma alma tão simplória que desfia
Nos olhos rubros lábios de um demônio...