quarta-feira, janeiro 27, 2010

23622

Deixaste que esta máscara caísse,
Depois de tantas vezes se esconder
Nas horas mais difíceis pude ver
O que doce ilusão já me desdisse.
No quanto se permite esta tolice
Eu vejo no reflexo do meu ser
O que não poderia mesmo ser
Fugindo vez em quando da mesmice.
Se vejo atrás da máscara o retrato
De quem por tantas vezes eu retrato
Em versos lisonjeiros ou audazes
Percebo que também assim sou eu,
Minha alma noutra escala se escondeu
E faço do meu mundo o que tu fazes...