quarta-feira, janeiro 27, 2010

23661

A voz da violência que se espalha
Por toda a minha casa, não consigo
Vencer o meu fantasma em desabrigo
A vida se mostrara tão canalha
No fio, o desafio da navalha
E a carne apodrecida, tosco artigo
Vendido em livrarias, mas não ligo,
Apenas a verdade me atrapalha.
Pereço paulatina e friamente
E enquanto a realidade não desmente
Sou mero caricato do que fora,
Servido de bandeja num banquete
Soneto em despedida, este bilhete
A morte enfim seria redentora...