sexta-feira, janeiro 29, 2010

23816

Pudesse inda conter nos olhos este brilho
Que tantas vezes foi um marco em minha vida,
A sorte se desnuda e vendo assim perdida
Caminho mais diverso, ainda teimo e trilho

Enquanto sob a luz senda bela palmilho
Bebendo da ilusão; encontro-a distraída
Seguindo cada passo aonde a lua ungida
Derrama argênteo fogo aonde louco encilho

Corcel de uma esperança atroz e vingativa,
Aonde já se lança uma alma quase viva
Vivenciando a dor de ter em olhos fixos

A imensa fantasia, agora abandonada
Numa avidez tamanha apenas vejo o nada
Qual fora feito em cruz, terríveis crucifixos...