sábado, janeiro 30, 2010

23817

No imenso frenesi procuro a calmaria
Aonde talvez fosse um pouco mais suave
A vida que tentei sem ter maior entrave
Num terno desejar; que me renovaria.

Porém em vasta senda, amarga fantasia
Na qual realidade a estaca fria crave
Trazendo então a dor; a liberdade, uma ave
Sem grades nem temor em doce sintonia.

Distante do que posso; ausente de esperança
Vislumbro a claridade e nela o sonho lança
Num último lamento um brado que redima

Abrindo este caminho aonde eu possa ter
Além de um sonho tolo, as tramas de um prazer
Moldado em alegria, em vida e farta estima.