segunda-feira, fevereiro 01, 2010

23994

Vencido pelo medo escapo do massacre
A vida se perdendo, um pouco a cada instante,
Vivesse sem temor amor belo e constante
O mundo não teria este sabor tão acre.

Alardeio o vazio; a porta sem o lacre
Permite que se adentre um gélido e alarmante
Terror sem ter medida e embora eu me agigante
Não tendo mais a força e ninguém que ela lacre.

Um velho camponês lavrando a terra
Espera que a semente frutifique,
O barco que navego vai a pique

E a solução decerto, o tempo enterra,
Herdando esta vereda árida e estéril,
Estou amiga morte, ao seu critério.