terça-feira, fevereiro 02, 2010

24038

A sorte tenebrosa em brilhos sempre raros
Ascende-se entre nós, promessas entre méis,
Assim ao se mostra perfeito nos papéis
Que cria um belo ator, imerso em motes claros

E beija com sutil desejo e; mesmo amaros
Os lábios do demônio invés de turvos féis
Destilam a delícia e inebria os fiéis,
Legando tão somente os frios desamparos.

Prazer que clandestino incendiando toma
Não deixa quase nada, ao absorver uma alma
Ao mesmo tempo ilude, enquanto até acalma

E assim entorpecido, um quase semi-coma
Bulindo com anseios, os seios, coxas risos,
Promete a cada tolo, em vida Paraísos...