sábado, fevereiro 13, 2010

24743

Meu tempo de existência já se acaba
E traz algum alento ao perdedor
Dizendo das demandas de um amor
Do qual a fantasia não se gaba

Herege companheira de viagem
Escute a minha voz e tente ao menos
Vislumbrar os momentos mais serenos
E deixe para traz velha miragem,

Aquém do que talvez ainda fosse
Um resto de esperança em frágil pote,
E mesmo reparando agora, anote
O quão se perde assim sendo agridoce,

E tudo que levares, pois reponhas
Que as noites não serão jamais medonhas.