terça-feira, fevereiro 16, 2010

24865

Trará tanta agonia em fria leva
As ânsias de um viver que se completa
Nas dores da ferida mais concreta
Tramando invés de luz, terror e treva.

Apego-me aos valores mais insanos,
E faço do profano um sacro altar,
Aonde poderia mergulhar
Não tenho mais remédio, mato os planos

E sigo á revelia; perco o porto
E quando não concebo solução
Arrulhos pacifistas me trarão
Olhar mesmo perdido, quase absorto

Forjando uma saída mais honrosa
Por mais que a sorte, a vida amara glosa.