24902 qté 24907
24902
Perdão por te amar tanto, aqui te peço
E faço deste verso luz e chama
Aonde uma esperança chega e clama,
Por mais que à própria sorte eu siga avesso.
Por te amar tanto do perdão eu necessito
E dele com certeza novo dia
Nesta alegria intensa que nos guia
O brado mais feliz, intenso grito
Gerando o que talvez pudesse ser
Um porto aonde a nau ancora e sabe
De toda a maravilha que lhe cabe
Vivendo com ternura ao bel prazer.
Por não poder conter mais o meu pranto
Vou repetir: perdão por te amar tanto.
24903
Virtudes entre cores tão diversas
A força da ilusão transfere a cor
E tudo num vazio a recompor
Vontades que deveras tu dispersas.
E quando sobre a vida ainda versas
No quase vejo o todo a se compor
Sem ter outro caminho aonde opor
Por vezes imagino vãs conversas
E delas absorvendo o inacessível
Encontro o que pensara ser incrível
A rota aonde possa ter o fim,
Vacâncias entre louros e derrotas
E quando ao fim da vida já rebrotas
As esperanças toscas vêm a mim.
24904
Não vejo uma inimiga assim tão fera
Enquanto percebera luz e vaga,
A sorte muitas vezes não afaga
Avinagrado dia nos tempera.
E quando se mostra tosca espera
A espreita do vazio mera draga
Permite o mesmo tom que ora embriaga
Palácio me transporta à tal tapera.
Eclodem vários pontos de partida
E deles não percebo se há saída
Audaz o passo segue em noite atroz.
Escusas se perdendo em pleno vento,
E mesmo que me mostre mais atento
Ninguém escutaria a minha voz.
24905
Horrendas caricatas faces toscas
Entregues ao jamais poderá ser
Não deixo de pensar e de viver
Por mais que o coração entregue às moscas.
E quando em noite fria tu me emboscas
Esgueiro-me deveras, passo a ver
Além de simplesmente o desprazer
As luzes emanadas sempre foscas,
Caminhos perfilados, quixotescos,
Os dias entre fogos gigantescos
Escondem sob as horas as virtudes
E delas mal percebes quão medonha
A treva pela qual inda componha
Por mais que ainda teimes ou ajudes.
24906
A liberdade emana estas delícias
Às quais ao me entregar em poesia
A sorte caprichosa desafia
E entrego-me ao sabor de tais sevícias
Por mais que talvez trames em carícias
O quadro se alterando dia a dia
Permite o velho ardor da fantasia
E traz das esperanças as notícias.
Pudesse ter ao menos libertário
Caminho que não fosse temerário
Seguindo sem pudores falsos, luz.
Arcando com enganos e pecados,
Os dias com certeza iluminados
Enquanto a realidade não seduz.
34907
A mãe dos dissabores e delírios
Trazendo nos seus braços, mansidão
Ao mesmo tempo os medos que virão
Tramando desde sempre estes martírios
Nos olhos o brilhar de toscos círios
E toda adversidade, imensidão
Esconde as armadilhas que farão
Canteiros embotados, cravos, lírios.
Descreve esta espiral, o tempo insano
E nele a cada passo mais me engano
Fazendo da ilusão, um mote a mais,
Pergunto se pudesse ter a sina
Deveras feita em benção cristalina
Que em vós, por muitas vezes derramais.
Perdão por te amar tanto, aqui te peço
E faço deste verso luz e chama
Aonde uma esperança chega e clama,
Por mais que à própria sorte eu siga avesso.
Por te amar tanto do perdão eu necessito
E dele com certeza novo dia
Nesta alegria intensa que nos guia
O brado mais feliz, intenso grito
Gerando o que talvez pudesse ser
Um porto aonde a nau ancora e sabe
De toda a maravilha que lhe cabe
Vivendo com ternura ao bel prazer.
Por não poder conter mais o meu pranto
Vou repetir: perdão por te amar tanto.
24903
Virtudes entre cores tão diversas
A força da ilusão transfere a cor
E tudo num vazio a recompor
Vontades que deveras tu dispersas.
E quando sobre a vida ainda versas
No quase vejo o todo a se compor
Sem ter outro caminho aonde opor
Por vezes imagino vãs conversas
E delas absorvendo o inacessível
Encontro o que pensara ser incrível
A rota aonde possa ter o fim,
Vacâncias entre louros e derrotas
E quando ao fim da vida já rebrotas
As esperanças toscas vêm a mim.
24904
Não vejo uma inimiga assim tão fera
Enquanto percebera luz e vaga,
A sorte muitas vezes não afaga
Avinagrado dia nos tempera.
E quando se mostra tosca espera
A espreita do vazio mera draga
Permite o mesmo tom que ora embriaga
Palácio me transporta à tal tapera.
Eclodem vários pontos de partida
E deles não percebo se há saída
Audaz o passo segue em noite atroz.
Escusas se perdendo em pleno vento,
E mesmo que me mostre mais atento
Ninguém escutaria a minha voz.
24905
Horrendas caricatas faces toscas
Entregues ao jamais poderá ser
Não deixo de pensar e de viver
Por mais que o coração entregue às moscas.
E quando em noite fria tu me emboscas
Esgueiro-me deveras, passo a ver
Além de simplesmente o desprazer
As luzes emanadas sempre foscas,
Caminhos perfilados, quixotescos,
Os dias entre fogos gigantescos
Escondem sob as horas as virtudes
E delas mal percebes quão medonha
A treva pela qual inda componha
Por mais que ainda teimes ou ajudes.
24906
A liberdade emana estas delícias
Às quais ao me entregar em poesia
A sorte caprichosa desafia
E entrego-me ao sabor de tais sevícias
Por mais que talvez trames em carícias
O quadro se alterando dia a dia
Permite o velho ardor da fantasia
E traz das esperanças as notícias.
Pudesse ter ao menos libertário
Caminho que não fosse temerário
Seguindo sem pudores falsos, luz.
Arcando com enganos e pecados,
Os dias com certeza iluminados
Enquanto a realidade não seduz.
34907
A mãe dos dissabores e delírios
Trazendo nos seus braços, mansidão
Ao mesmo tempo os medos que virão
Tramando desde sempre estes martírios
Nos olhos o brilhar de toscos círios
E toda adversidade, imensidão
Esconde as armadilhas que farão
Canteiros embotados, cravos, lírios.
Descreve esta espiral, o tempo insano
E nele a cada passo mais me engano
Fazendo da ilusão, um mote a mais,
Pergunto se pudesse ter a sina
Deveras feita em benção cristalina
Que em vós, por muitas vezes derramais.
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