terça-feira, fevereiro 16, 2010

24887

Minha alma de meu corpo vai saindo
E quando me procuro e não me atrevo
Aonde se pudesse ser longevo
A sorte procurada; eu não deslindo
O amor que se buscara quase infindo
O gosto do passado sorte e trevo
Percorro este vazio que ora cevo
E o tempo devagar vai progredindo

Num cíclico prazer de vida e morte
Sem ter sequer um porto que comporte
A eterna variedade em luzes feita.
Ascendo ao temporal e nele, serva,
Uma alma que daninha, expõe tal erva
Da qual se quis um dia, mais perfeita.