quinta-feira, junho 01, 2006

DO DIA EM QUE STALIN DEU UM BEIJO EM ACM

DO DIA EM QUE STALIN DEU UM BEIJO EM ACM.

Eu já estava meio desconfiado disso, no começo achei que era somente boato, mas agora não. O fato foi constatado e o que era simples suspeita se tornou numa inverossímil realidade.
No começo da década de 90, surgiu, vindo do Nordeste, um homem que surpreendeu muita gente, pela forma concatenada de expressar suas idéias.
Na Rússia, um careca, Mikhail, era a bola da vez da imprensa liberal e “capitalista”, pois anunciava não a reforma, como era de se esperar, mas sim o final do comunismo na União Soviética.
Isso deixou meio mundo de calças curtas e muitos até sem calça.
O sonho do proletariado no poder, com o marxismo pleno foi, de uma única tacada, ralo a baixo na ex-poderosa Rússia.
Aqui no Brasil, inspirado física e intelectualmente no coleginha russo, outro careca, anunciava, paralelamente o final do Partido Comunista Brasileiro, de passado de lutas, iniciadas por Luis Carlos Prestes, entre outros.
Pois bem, enquanto a Rússia se perdia nos pileques e delírios de Boris, permitindo que a segunda maior potência do mundo, passasse a exportar prostitutas e adolescentes para a Europa ocidental e EUA, corroborando para a formação de grupos mafiosos no mundo inteiro, no Brasil, Fernando Collor, associado com os coronéis, estava no poder e, após um período curto, quando Itamar assumiu a presidência , os mesmos coronéis retornaram e mantiveram esse poder por mais oito anos.
Nosso carequinha (Não estou falando do palhaço com talento não) mantinha um discurso social democrata, contrário ao coronelismo que, até por uma questão regional, era de conhecimento profundo deste cidadão.
Leitor de Casa Grande e Senzala, admirador do seu autor, homem respeitado no Brasil e no mundo todo, o ex-comunista, não sei por que, começou a perceber por que o coronelismo tanto o fascinava.
Na verdade, o brilho ofuscante dos olhos do cornonelófilo ex-comuna, era evidente quando o mesmo, assumiu uma briga que ninguém ousara antes.
Ao pedir a cassação do Presidente proletário, algo estava se delineado no ar.
Era evidente que ele desejava, não só ser visto como um “Don Quixote” como poderia parecer, mas queria muito mais.
Queria ser aceito, e mais, queria ser amado pelos coronéis.
Isso se evidencia nos caminhos traçados por ele e seu partido.
Como não conseguiu ser vice da chapa Neoliberal, passou a ser capacho para o mesmo coronelato que tanto, “para russo ver” , combatia.
O escravo adora a senzala!
O chicote “faz carinho” nas costas de quem se submete, e isso é facilmente comprovado.
Sei que isso faz parte de uma análise mais profunda na relação entre os homens.
E a atitude sem precedentes desta aliança “Stalin-ACM”, me permite dar razão aos coronéis, com relação aos “rebeldes”. Muitos deles, depois de envelhecidos, por despeito ou por subserviência, voltam-se para os “donos” e lambem, descaradamente, os eternos DONOS DO PODER.
É caboclo, o povo sofrido de sua terra “agradece” a sua coerência!