sábado, dezembro 02, 2006

Estrela que nasceu na morte de Maria
Brilhante qual a lua embeleza meu céu...
Por mais que desejei a beleza do véu
Não mais me trará paz, verei, a cada dia

A marca que deixei da morte que carrego.
Lembro-me, sem querer, de cada nova noite,
Do beijo e do carinho em todo esse pernoite
A morte que te dei, na vida deixa cego...

Agora que morreste, espero meu destino
Em cada tempestade o resto que me trazes
São luas que não vejo, o ferimento, as gazes,
O mar que me devora, o sonho do menino...

Maria nunca mais terei de novo a sorte
De ter o teu desejo e morder tua boca.
A noite que te trouxe e te levou vai louca
Em nosso manso leito, a sombra desta morte!