terça-feira, fevereiro 02, 2010

24039

Formigante opressão invade o pensamento
E quando na verdade a insânia se aproxima
Velório da esperança, um doce e tenso clima
Num arquejante gozo, a morte eu não lamento.

Sulfídrico delírio adentra o sentimento
Excêntrico desejo, a noite dita a estima
E quando a fantasia acende o que nos prima
Eu vejo neste olhar sombrio e mais atento

Disforme violação, primazes maravilhas
Aonde sem sentir, percorres, andas, trilhas
Por senda provocante em lúbricos anseios

E quando se percebe o fim chegando insano,
O riso do demônio em ar além do humano
Explode-se em delírio invade os rios, veios...