terça-feira, fevereiro 02, 2010

24041

Na mão vendo o punhal argênteo fogo, escapo
Da fúria que te envolve e ronda a velha casa,
Aonde se pudesse apenas já se abrasa
O quanto amor se fez e nada resta, é trapo.

Grafando em garrafais; esqueço este fiapo
E bebo o quanto traz quem acusa e defasa
O tempo de viver, a vida não se atrasa
Batráquio que se molda, espelho dita o sapo

E vendo a minha face assim emoldurada
Entrego-me ao pavor a faca que afiada
Entranha sem perdão, adentrando voraz,

Num mórbido desejo, o anseio se estampando
Nublada maravilha, os abutres em bando,
E ao fundo do cenário, encontro Satanás.