segunda-feira, fevereiro 15, 2010

24826

Um resto perambula e não consigo
Trazer à vida a escória que inda sou,
E tudo o que deveras se mostrou
Completo desalento e desabrigo.
Ainda poderia, algum amigo
Mas nada do que fomos, pois restou
Atravessando a vida, quero e vou
Buscar após a curva o joio e o trigo
Arfante caminheiro vendo o fim
Da estrada pela qual entendo e vim
Vagando sem saber se tem saída
O beco que ora entranho em retrocesso
No passo descabido que não meço
Retrata o que sobrara de uma vida.