terça-feira, fevereiro 16, 2010

24929

Escarro palavrões e em derrocada
Escondo a minha adaga e o canivete
Por mais que ainda fosse algum grumete
Decifro esta borrasca inusitada
E sei que do final não tendo nada
O gosto se mistura e alma repete
A mesma ladainha que arremete
Ao tosco caminhar sem alvorada.
Nefastas e hediondas caricatas
Enquanto sem pudor tu me maltratas
Exalas o perfume putrefeito
E sendo assim talvez já não consiga
Sequer uma esperança torpe e antiga
Vivendo simplesmente deste jeito.