terça-feira, fevereiro 16, 2010

24931

E mostra, tão solene o duro inferno
A voz que não permite ser ouvida
Por todo o meu viver e após a vida
Espero ter momento alegre e terno

Deixando esmorecer o frio inverno
Aonde se permita que decida
A senda muitas vezes extraída
Da fúria deste encanto em que me interno,

E sendo assim um pródigo caminho
Vestindo de ilusão, tanto sozinho
Não posso me entregar completamente.

E quando surpreendido em treva e fogo,
Descarto a minha sorte neste jogo
E a vida novamente não desmente.