sábado, maio 06, 2006

MARCOS DIMITRI

DIMITRI, UM DOS INSPIRADORES DESSE BLOG, JUNTAMENTE COM SEUS IRMÃOS, GABRIEL E MARCOS VALÉRIO.
"Trago no peito, a lembrança
do gosto doce da vida,
na alameda da esperança,
minha estrada percorrida..." Posted by Picasa

AO SOCIALISMO, NÃO PODEMOS DESCANSAR

No amor divino e difícil do homem pelo homem, do perdão às ofensas e injúrias, da mansidão ao enfrentar as feras incontidas.
Nesse clamor diário pela justiça, embaçada e ofuscada pelos poderosos, tratantes e facínoras.
Nossa luta nunca deve descansar, nem pode, pois é nosso ar, nosso rumo e prumo, nossa atitude perante a vida, nunca pode ser contida ,nem pode esperar; ela é coerentemente combativa e ativa; hiperativa mesmo, pois traduzirá por onde irá o amanhecer.
Nos nossos ídolos e heróis imolados e estrangulados pelas bestas feras do passado, do presente e que virão; pelo intransigente amor ao homem, devemos nos preparar para a batalha.
Para meus filhos, em cujos trilhos haverá mais brilho, mais atino, melhor destino...
Meninos que crescem com a espera do dia seguinte, nada mais que o perdão pelos nossos erros e pelas mazelas que tentamos mitigar.
Dói a luz da dor aos olhos que teimam em não enxergar, mas logo passa, a vida recomeça e a mão volta a maltratar os que não tem pés, nem pernas livres; atados que são na corrente eterna da escravizadora injustiça.
O sacrifício de milhares de crianças nos guetos e favelas, somente passam e não alcançam; a dor dos homens é o mote das “caridades” aos domingos, nas preces fingidas de quem não conhece e, pior, teme o cheiro pútrido das vielas infestadas dos cadáveres insepultos dos números das estatísticas, da dor física e da malidição dos flagelados.
Não digo que sejam abutres, nem isso são, somente representam o acaso, o sem querer, o nada ver e, se ver, nada fazer, passar de viés, através da ponte que criam sobre os mortos-vivos.
O mar de mártires diários, nos campos famintos nordestinos e mineiros, nos vales dos vários Jequitinhonhas, nos agrestes e sertões, nada representam senão um olhar de banda, por cima de tudo, inatingível.
É cabível outra sina? É possível outro tema? Quando a saga dos sem sangue, anêmicos, devorados por dentro e por fora pelos parasitas inconsequentes e vorazes, percorre as ruas, as janelas se fecham, o corpo estremece e o coração teme, tremem os velhos e meninos bem vestidos, os cães ladram e mordem, arrancam e devoram aquela carne em decomposição em plena vida.
Devemos lutar pelos inválidos e desvalidos, apáticos e agônicos, na sinfonia do planeta terra, da terra brasilis, do umbigo humano, eterno cordão que nos ata à Terra, mãe genereosa, filhos ingratos e agressivos, filhos ambiciosos, mesmo que cientes, inconsequentes na volúpia devoradora, devastadora, destruidora de tudo.
Mudo não fico, me inundo de brios, meus fios acendo, ascendo a Marte, a São Jorge, a Ogum, na luta diária, com a mansidão de um Betinho, com o carinho de Irmã Dulce, mas também com a fúria de um Guevara, varas e carícias à mercê de minha batalha.
Vamos, irmãos, não deixemos cair no olvido, o telhado de zinco, o barraco de sapé, o bicho de pé e as lombrigas das almas.
Vamos em rumo ao SOCIALISMO, nosso canto e rito, nosso sonho bendito, nosso porvir e visão.
Nosso alento e alimento, nosso rumo e cimento, nossa consagração.
Sangrando as mãos, se preciso, num ato conciso e fortemente cristão.
Nosso chão e teto, escada e cometa, nossa promessa de dádiva, de vida , na profecia bendita, desse mar de agora, mar de podres injustiças, com o nosso começo, sem tropeço, sem medos, virar um sertão; e o sertão da miséria, da fome que impera, com a nossa luta, nossa batalha, num momento de glória, virar um maravilhoso mar de amor, de louvor à vida, na multiplicação dos pães, no sangue revivido, compartilhado, numa cadência maviosa, de piedade e justiça, de caridade sem cobiça, do homem irão do homem.
Não vamos perder esse momento, onde o início de tudo isso se torna nossa luz.
Obrigado Jesus, por ter me dado esses dias, onde vislumbro alegrias ao povo sofrido, onde o grito contido, possa se transformar numa canção de amor e fé.
Teu Evangelho, pro velho, pro menino, pros pobres miseráveis, pros sem esperança, pros que não tinham teto, comida ou afeto; para quem, de concreto, a vida só deu os pés cansados e descalços, as mãos calejadas e vazias; os olhos opacos e sem rumo, esse teu Evangelho começa a ser transformado, devagar, mas constantemente, no vagar das olas , nos cadernos e livros, no renascer dos brilhos dos filhos e nos fios da energeziante e contagiante glória dos nossos rebentos; arrebatando e arrebentando as correntes.
No cheiro gostoso da boca que come, dos antes dementes, que agora pressentem o final dessa estrada que, se um dia não em deu em nada, cada vez mais traduz alegria.
Tenho comigo, os gritos da morte, as crianças esquálidas e invalidadas pelas cordilheiras desabadas, flores rasteiras, condenadas ao nada.
Nos hospitais e necrotérios, tenho ainda vívido esse grito, o aflito desespero da fome.
Se houver entre nós, alguma dignidade, e creio que esse é o nosso maior legado, NÃO PODEMOS DESCANSAR NUNCA DESSA BATALHA.
ELA É O OXIGÊNIO QUE CIRCULA PELOS NOSSOS VASOS SANGUÍNEOS.
É O QUE NOS PERMITE DIZERMOS QUE SOMOS CAPAZES DE NOS CONSIDERARMOS, REALMENTE HOMENS.
Por fim, sem delongas, ponho meus olhos na primavera, e nela espelho o reflexo dos sonhos, amanhã, os frutos benditos do SOCIALISMO.
Que Deus nos ilumine e nos dê forças para a LUTA.

DOS DELÍRIOS DE SILVIO PEREIRA AO MILAGRE DE GAROTINHO

Tivemos, nesse final de semana, uma entrevista de Sílvio Pereira ao jornal O Globo, onde pela própria descrição da jornalista, o mesmo entrou em surto psicótico depois de oito horas de conversa, quebrando tudo que aparecia pela frente, numa atitude de demonstração cabal de desequilíbrio emocional total, provocados, talvez pelo anonimato e pela sensação do mesmo de necessidade de, criando um fato novo, estar de novo na mídia, ou a impressão da paranóia típica dos psicóticos, com medos e angústias imaginários.
Até que ponto, uma pessoa totalmente fora de controle deve ser levada a sério?
Até que ponto, deve-se tomar o depoimento de um tresloucado? Cabe a uma junta de psiquiatras analisá-lo para poder saber se realmente, essa pessoa tem condições de poder depor a uma CPI que, por si só, é extremamente extenuante e pode criar fantasmas e demandas inexistentes.
Numa visão mais absurda, poderíamos tomá-lo como possesso, endemoniado mesmo, e isso se traduz nas atitudes desesperadoras e incoerentes de alguém que, resolve da noite para o dia denunciar fatos sem citar provas e jogando excrescências num ventilador que diminuia a velocidade, isso é atitude de alguém tomado por entidades estranhas, segundo a linha dos mais radicais, religiosamente falando.
Pois bem, Baby dizia que estava a espera de um “MILAGRE”, portanto um ato divino, para que ele pudesse salvar a sua candidatura, e reconheceu na possessão demoníaca de SILVINHO, o milagre esperado.
Deixa-me ver se entendi; o milagre que Baby esperava era qual?
Feito por quem? Isso é muito estranho, ou errei o milagre ou errei a entidade ou errei o Baby!?
Hoje, dia 6 de maio se comemoram 150 anos do nascimento de Freud, mas essa história toda NEM FREUD EXPLICA!!!
ISSO É UM DESAFIO À MINHA VÃ CONSCIÊNCIA.

DE DROGAS E DROGAS, AS INCONGRUÊNCIAS DA LEI

DE DROGAS E DROGAS, AS INCONGRUÊNCIAS DA LEI, OU AS PRESCRIÇÕES DO DOUTOR FAUSTÃO.
A lei que proíbe a veiculação de propaganda de cigarros, é extremamente just; realmente o cigarro é uma droga, altamente letal e prejudicial tanto à saúde individual, quanto à saúde da economia.
Isso é ponto pacífico, não cabendo discussão sobre esse tema; sendo quase uma unanimidade.
Os males da tabaco são intensos e variados, podendo causar desde queda de dentes, até câncer e infarto agudo do miocárdio, passando por insuficiência respiratória, enfisema pulmonar etc...
Isso é colocado de forma clara nas relações entre escola e criança e entre sociedade e tabagistas, passando por todas as maneiras de publicidade negativas quanto a esse hábito e vício.
Porém, o mesmo não ocorre com relação a outras drogas, principalmente o álcool e medicamentos.
A propaganda de bebidas alcoólicas, além de liberada é associada a saúde, prazer e desportos, tendo entre o veiculadores do estímulo ao hábito do etilismo, entre outros, artistas famoso, mulheres bonitas, cantoras e até atletas de elite, como o Ronaldinho Fenômeno, p.ex.
Se observarmos a extrema associação entre o elilismo e a violência das ruas e do trânsito, para início de conversa, iremos observar o quanto o consumo desta droga é danoso para a sociedade; na minha experiência de médico de pronto socorro há 22 anos ininterruptos, observo que na grande maioria dos acidentes letais e assassinatos ou tentativas de homicídio, rixas, lesões corporais temos o álcool como uma frequente associação.
Isso é tão ou mais danoso que o consumo de tabaco, já que o álcool ceifa muito mais precocemente vidas e futuros.
Esse aspecto, por si só, já é muito preocupante; porém, temos o aspecto social do alcoolismo, enquanto doença; criador e mantenedor de desajustes sociais e fator de multiplicação das mazelas da miséria e pobreza.
Além do fato de destruição de células familiares e de relações humanas.
A liberação da propaganda de bebidas alcoólicas portanto, é tão ou mais prejudicial do que a de cigarros, ou alguém tem dúvida disso?
Além desse aspecto, temos também a propaganda não ética de medicamentos, na mídia escrita, falada e televisada.
O risco da auto-medicação é enorme, com complicações várias para a saúde por ação e/ou omissão; atrapalhando o tratamento, adiando-o e muitas vezes criando sérios problemas para as pessoas.
Muitas vezes, o “resfriado” tratado com os medicamentos prescritos pelo Dr Faustão, ou pelo Dr Gugu, Dra Malu Mader, entre outros “especialistas” pode ser uma tuberculose, uma pneumonia ou um câncer de pulmão, cujo adiamento do diagnóstico e tratamento podem ser letais.
A colocação de avisos para na persistência dos sintomas, o consumidor procurar o médico, de nada adianta num país de tantos analfabetos reais e funcionais.
Afora isso, temos os riscos de efeitos colaterais e reações alérgicas, que deveriam ser tratadas pelos mesmos que “prescreveram” tal medicação.
Uma análise sobre esse fato, da justa proibição do tabaco e da incoerente liberação da propaganda de outras drogas tão ou mais danosas que o cigarro, deve ser tema de discussão para o aprimoramento da verdadeira liberdade da publicidade, sendo matéria pertinente à saúde pública.
Até quando teremos dois pesos e duas medidas nesse tema?
Nas minhas mãos cansadas, a luta incessante da lida, os ouvidos atentos, espreitando o canto do amanhecer, refletido na lida distante e constante, na tímida fragilidade das esperanças acalentadas pelo gosto da aurora, brilhando por sobre os edifícios e barracos.
Minha vingança nunca tarda, retrata o tempo esgotado, o ardor mitigado da dor da contradança consumada num ato insensato de perdão.
Quero a pretensão de ser livre e morrer no mar, no amor e marte, na sorte dos destinos sem tatos e sem tinos, sentidos expostos e impressionantemente vagos.
Quero o vagão do trem passando pela porta da namorada, na amada alma, animada festa, pela fresta da porta entreaberta, na cidadezinha pacata, acatando o recato e o recado das meninas, que me ninam e me transitam, corpo e alma...
Quero o orgasmo da chama ardente no peito, no contrasenso imenso, imerso, às avessas, bailando a esmo por entre sentimentos e lamentos, meus momentos mais frágeis e cruéis.
Nos reveses, as lacaias dores, amores vencidos e passados a limpo, num timpânico reboliço, noviço e vicioso, contraposto e audacioso, num exposto e nevrálgico alento.
Quero ter o termômetro e o tormento, o acento e o incestuoso desejo de amar a mã terra, minha origem e meu ocaso, por acaso, companheira de tantos tempos e temores.
Na natureza soluçante de meu amante peito, perto e completo, complexo e sem nexo como o vai e vem das ondas, das vastas ondas do meu mar, marés e manhãs são, sobremaneira enfáticas nas mãos cansadas da tarde crepuscular da da existência.
Quero a clemência pelos pecados, pelos olfatos e carícias, pelas delícias algozes, vorazes e velozes que me conduzem ao orgasmo.
Quero o marasmo da vida o cansaço do depois, após o cio, o vazio do prazer satisfeito, do tudo feito e nada compreendido, no sarcástico sorriso preciso e necessário, dos vários modos de amores- perfeitos, mesmo contrafeitos, do feitio exato, do ato exalando o olor de todas as dores que o prazer proporciona.
Sei ser o não fui, nem sei nem serei, sei ser o calado, o mudo e sensato, mesmo que, na insensatez da tez que a vida apresenta, sei me conter no infinito, no rito mais melodioso dos cantos mais belos, nos vôos perfeccionistas das artistas borboletas.
Sei o amor da mãe, numa manhã, numa manha, numa sanha que assanha e debocha, desabrocha no outro colo, no solo do amor maior.
Do amor divino pelo atino e desatino, desalinhando cabelos e novelos da lã mais bonita, numa multicolorida esperança.
Falo do tempo, do tento, do invento e contrato, do cadarço do sapato que a surpresa desamarrou, no tropeço mais distante, num concerto mais vibrante, consertando o que fora erro e desterro de um sonhador.
Meu gesto tresloucado, atado a cada passo, num compreensível desgaste, num arremate fatal, trazendo a tradução do trabalho que atalha o complexo processo de batalhas pela sobrevida anunciada, com os medos e cantigas esquecidos no fundo da memória.
Marcho para o misto de broto e poda, num eterno ziguezaguear do parto e morte, arrematando-me integralmente para o futuro, escuro e vago da brisa e tempesta, da festa e sofrimento que acalentam e acalmam, que riscam, cometas e cometem as mesmas intransigências que nem as clemências nem as impotências podem traduzir mais corretas.
Por fim, tenho meu mundo nas mãos cansadas, mas soltas, arrematadas para o amanhã.
Ditos e mitos são meus cálices onde mergulho e naufrago, onde me embebedo nos tragos trazidos pelo transitar dos meus segredos, os medos e os cantos.
Meu pomar de carinho, meus ninho, aninho-me, te acarinho, mas morro, sozinho...