sexta-feira, junho 02, 2006

De Hot Dog e da Política mineira

Francisco, o nosso prefeito udenista das Minas Gerais do começo da década de 70, tem no seu vasto currículo, uma das histórias mais hilariantes do anedotário político da Zona ops... da Mata Mineira.
Contam que, chegado às novidades que pululavam na ex-capital federal e antiga corte vez em quando descia para o Rio de Janeiro em busca de prazeres e novidades que “poderia utiliza para o desenvolvimento de sua cidade”, se bem que as visitas à Vila Formosa e aos Cabarés da Lapa eram mais freqüentes que às Convenções e Congressos; isso sem contar a museus, teatros, cinemas etc...
Numa de suas primeiras viagens ao Rio, foi surpreendido com algumas novidades inesquecíveis.
A tanga usada pelas cariocas fascinava o nosso pobre Prefeito, excitado pelas belezas das praias e, principalmente das “praianas”.
Uma outra coisa que o deixou muito assustado foi a descoberta dos travestis, que jurava serem mulheres, e das boas!
Pensou até em levar alguns para visitarem a sua cidade, no que foi desaconselhado, prudentemente por seu “Assessor Cultural”.
Pois bem, dizem que uma vez, ao passear pela praia de Copacabana num início de tarde, a fome abateu-se solenemente sobre nosso herói.
Fome muita e dinheiro curto; pois tinha perdido muita grana num cassino clandestino no Centro da Cidade, para onde fora levado por uma das fogosas meninas do Rio, resolveu procurar alguma coisa para comer.
O que mais lhe chamara a atenção foi uma barraca de “CACHORRO QUENTE”. Estarrecido pelo que lera, consultou seu assessor para saber da viabilidade de comer carne de cachorro, hábito desconhecido de seu povo.
Mas, cada roca com seu uso e cada povo com seu uso, e baseado na informação de seu assessor, tão ignaro no assunto quanto ele próprio, pensou, analisou, olhou pro bolso e afirmando que, “pelo menos o cachorro viria quente”; com o asco reprimido, tomou coragem e pediu um para o barraqueiro mais em conta que encontrara.
Nesse meio tempo, o seu assessor, distraíra-se com um belo par de coxas e uma tanga extremamente generosa que passava ao lado.
De repente, para susto e espanto de todos os que estavam por perto, eis que Francisco, enrubescido e em tom de voz elevado, com toda a ira que lhe era permitida grita:
-Tudo bem, até entendo esse negócio de comer cachorro. MAS ESSA PARTE DO BICHO NÃO, POR FAVOR, NÃO! PEGA ESSA COISA E ENFIA...!
CAI O PANO!

DOS PODERES DO POVO

Da coluna Painel da Folha de S.Paulo, hoje:

"Apesar do endosso explícito de Hugo Chávez à nacionalização do gás, amplamente aprovada pelos bolivianos, a imagem de Lula no país vizinho é ainda melhor que a do colega venezuelano, segundo pesquisa do instituto Ipsos Opinion em parceria com a consultoria de risco Eurasia Group.

Na Bolívia, 55% têm opinião positiva ou muito positiva sobre Lula. Apenas 17% manifestam opinião negativa ou muito negativa. Os resultados de Chávez: 50% (positiva ou muito positiva) e 32% (negativa ou muito negativa).
Também no Peru, onde haverá 2º turno presidencial domingo, Lula está bem (48% de avaliação positiva ou muito positiva). Ali a desaprovação a Chávez é elevada: 69% de opinião negativa ou muito negativa."


Isso demonstra uma realidade que foi percebida até pelos EUA, Lula é o contraponto a Chavez na América Latina.
Isso dá a verdadeira dimensão da liderança, a nível continental do Presidente operário.
Essa apreciação pode ser sentida, também, entre os líderes Europeus e os dos Países Emergentes.
A presença de um brasileiro, socialista e oriundo das camadas mais humildes da população, mas com essa característica ímpar; a capacidade de liderança, torna-o mais forte que poderíamos imaginar.
Lula se aproxima, desta forma, de uma invejável posição perante o Mundo.
Claro que isso causa extrema inveja aos “Intelectuais” de plantão.
Quando vemos isso, passamos a entender a fúria preconceituosa e segregadora de parte dos “Formadores de opinião” não cabendo a nós, simples médicos, professores, advogados, sociólogos, entender a capacidade de comunicação de uma liderança inquestionável, com origens populares.
A História tem poucos exemplos disso e por conta dessa raridade, deve-se valorizar essa liderança.
O nosso povo tem seus heróis gerados nas bases populares, como o caso de Tiradentes, de Pelé, de Zumbi e de Antonio Conselheiro.
Luis Ignácio é mais um exemplo disso, e isso é insofismável.
Cada um de nós, temos o direito de gostar ou não de Lula por conta de sua personalidade e de seus erros de português. Mas o que não se pode negar, às expensas de ter-se cometido um erro primário, é a capacidade deste se comunicar com o povo, o seu povo.
A cada dia percebo que esse povo de Lula, não é o PT, nem o PCdoB, nem o PSB e, muito menos os partidos de oposição.
Esse povo não é partidário, nem tampouco discute política nas páginas dos jornais, revistas e Internet, que são de acesso impossível para a maioria dele.
Esse povo se forma nas quitandas, feirinhas, mercados e nas conversas regadas com cachaça, com refrigerecos e com arroz e feijão.
O trabalho árduo desse mesmo povo está, pela primeira vez, sendo medianamente recompensado e isso conta muito.
As denúncias de corrupção de políticos foram percebidas por essa população como um ato de alguns assessores de Lula, mas nunca como um ato DELE e, mesmo quando se percebe desta forma, a troca de humores e sensibilidades supera qualquer coisa.
Não quero discutir política partidária nem preferências pessoais, quero expressar, tão somente, a minha visão sobre esse fenômeno que, a cada dia, deixa de ser somente Brasileiro.
Lula, a cada dia que passa, toma o aspecto de todas as minorias e injustiçados. Quando um líder como Bono Vox o reverencia, o faz como a um representantes dessas camadas sofridas da humanidade.
Lula está se tornando a principal referência para estes grupos e isso fica evidente a cada manifestação de apreço de lideranças européias e americanas, inclusive entre os líderes não socialistas.
Dentre eles podemos citar até a Sra. Rice tão temida e criticada, Jacques Chirac, Bush, entre outros...
Essa percepção não pode ser desprezada por quem, favorável ou não a Lula, quiser entendê-lo, mesmo que não o aceite.
Se negarmos isso, corremos o risco de, a exemplo da mídia nacional e dos partidos de oposição, exceto Heloisa Helena que nunca negou a liderança de Lula, perdermos o bonde do povo, o que leva a humanidade para frente.
Os grandes movimentos da humanidade sempre forma populares e, em última análise, Lula personifica não só o NOSSO POVO, mas muito mais que isso.
Tenhamos, pois, a humildade de reconhecermos isso; inclusive os que o querem derrotar.
Subdimensionar Lula é querer ser atropelado pelos milhões de humildes e discriminados do mundo todo.
Conhecer esse povo é a diferença básica entre quem se originou dele e os que acreditam, ingenuamente, poderem pensar e falar PARA ele.
Lula, ao contrário, sabe muito bem falar POR ele.
A diferença é muito grande, portanto, aconselho a quem quiser conhecer o povo, aprender a falar e pensar como ele, para se identificar com ele e nunca se arvorar a querer ser o NORTE desse povo.
Não creiam em lideranças que não nasceram do povo; elas têm os pés de barro...

DE CPIS E DO CINISMO

Fantasmas de CPIs enterradas assombram Alckmin
Ao longo de seu governo, em São Paulo, Geraldo “Banho de Ética” Alckmin portou-se como um samurai. Passou na espada 65 CPIs. Agora, os fantasmas de todas as comissões não-instaladas surgem do nada para puxar-lhe o calcanhar.

O STF julga nos próximos dias uma ação em que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, pede a exumação das CPIs enterradas sob Alckmin na Assembléia Legislativa de São Paulo. O relator do processo é o ministro Eros Grau.

Na ação, Berzoini pede que seja declarado inconstitucional um trecho do regimento interno da Assembléia paulista. Prevê que, além das 33 assinaturas de deputados estaduais exigidas para a instalação de CPIs, os requerimentos precisam ser aprovados em plenário por uma maioria de pelo menos 48 votos. Um quorum que a oposição, em minoria, jamais consegue atingir.

Uma das CPIs que a bancada de Alckmin obstruiu na Assembléia prevê a investigação da Febem, calcanhar da administração tucana. Outra pede a apuração de supostas irregularidades nas obras do Rodoanel, jóia da coroa da gestão Alckmin. Uma terceira trata de supostas impropriedades na execução de contratos de financiamento estrangeiro para as obras de despoluição do Tietê.

A candidatura presidencial de Alckmin guindou o problema paroquial paulista à condição de prioridade nacional do petismo. Daí Berzoini ter patrocinado a ação no Supremo. No final do ano passado, a bancada de Alckmin, num gesto de “boa vontade” chegou a concordar com a instalação de uma das 65 CPIs. Tratava da apuração de problemas ambientais no Estado. Mas o PT quis incluir no acordo a desobstrução de pelo menos uma outra comissão, a da Febem. E o tucanato, cuja maioria na Assembléia oscila entre 48 e 56 votos, decidiu manter a obstrução.

Dependendo do que vier a decidir o plenário do STF a tática de empurrar CPIs para baixo do tapete pode custar caro a Alckmin. Se a decisão dos juízes lhe for desfavorável, sempre que o candidato tucano abrir a boca para falar de ética e moralidade, o petismo esfregará no seu nariz a necropsia das investigações enterradas.




A situação de Geraldo agrava-se a cada dia, o fato de ter acumulado esse recorde mundial, de obstruções e tentativas de esconder a podridão desses 12 anos de Governo podem custar, a cada dia, mais caro para a candidatura tucana.
O que temos visto é uma debandada geral do ninho, onde os mais espertos e os que têm pretensões políticas no futuro, a cada dia, vão deixando mais solitário o ex-Governador.
A tática de “jogar a sujeira para debaixo do tapete”, convenhamos, é a pior que se pode utilizar para quem quer continuar na vida pública.
Até no simples fato de se fazer uma faxina na mais humilde residência, esse modo de ação, gera a criação dos “bichos escrotos” tão conhecidos.
A podridão da sujeira “escamoteada” de forma tão primária, faz com que haja propagação de “ratos”, baratas e ‘vermes”.
Isso, no frigir dos ovos, traz uma péssima impressão a quem visita a casa e uma fedentina insuportável para os habitantes da residência.
Os paulistas, durante muito tempo obnubilados por um marketing extremamente bem feito, durante bastante tempo, não perceberam o crescimento do nariz de alguns de seus dirigentes.
O fato desse nariz, hoje em dia, estar gigantesco, denota a aproximação deste com o famoso personagem da literatura infantil; e se associarmos o fato de que esse personagem era feito de madeira, teremos então, o nariz de madeira revelando a cara de pau.
Porém observamos o quanto essas assepsias foram mal feitas e decepcionantes, se levarmos em conta que o dito cujo, além de ser médico é anestesista e, portanto, deveria exigir que a casa estivesse um primor de limpeza.
Isso reflete no “banho de ética” que, a bem da verdade, se formos analisar o passado recente, não deve usar nada além de vassoura e tapete.
Aliás, o fato de termos tanta poeira e sujeira jogada para debaixo do tapete, pode e causa alergia a todos os que entram em contato com o ar vicioso reinante na casa.
O disfarce utilizado para justificar essa maneira um tanto quanto absurda de “banho”, é a de tentar mostrar os defeitos de outrem.
Biblicamente poderia responder principalmente se levarmos em conta o aspecto religioso do prezado anestesista, da seguinte forma: Não critiques o cisco no olho do seu próximo antes de reparar e tirar a trava que se encontra no seu!
O interessante é o argumento de que se o outro afirma não saber de nada ser cinismo.
Donde se deduz que quem se utiliza disto, para não ser taxado de cínico, deve ser taxado de CONIVENTE.
E a conivência com os desmandos e corrupções o tornam cúmplices, o que, convenhamos, é absurdamente GRAVE.
O médico deve prezar pela saúde do paciente, assim como o político deve prezar pela saúde de seu povo e de seu Governo, sendo necessária a transparência para que isso seja verdadeiro.
Quando temos um médico que coaduna com os erros de seus auxiliares ele é co-responsável pelo que ocorre com o doente, e digo mais, é o PRINCIPAL responsável, por ser esse ato de sua responsabilidade.
O fato de não ter punido os agentes que desconhece e não permite que se conheça, a partir do momento que é conivente e co-participe dos desmandos, o torna Tão ou MAIS responsável pelos danos causados a todos quanto qualquer “rato” ou “verme” que tenha lesado à comunidade.
A morte do paciente, sob tais circunstâncias, é RESPONSABILIDADE MAIOR DO ANESTESISTA QUE PERMITIU QUE OS RATOS ENTRASSEM NO CENTRO CIRÚRGICO E NÃO OS AFASTOU E NEM DEIXOU QUE A ASSEPSIA FOSSE FEITA COM PERFEIÇÃO.
NÃO DE PODE FUGIR DESSA VERDADE NEM TENTAR IMPUTAR O ATO A OUTROS, SENÃO, ALÉM DE IRRESPONSÁVEL, DEVEREMOS CHAMÁ-LO DE CÍNICO!