domingo, dezembro 03, 2006

Minha vida sem te ter
Perde toda essa razão
Que faz a gente viver
Acelera o coração!

Vida que da vida faz
A luz que tudo clareia
É chama que me incendeia
É teia que tanto apraz
Sou capaz de nessa teia
Prender o meu sentimento
Sem ter arrependimento
Por um momento sequer
Nos braços dessa mulher
Que tanto me ajuda a ver
A beleza de viver
Razão de minha alegria
Sol que traz o meu dia
E faz-me ser girassol.

Nas horas mais demoradas,
Quando as mãos estão cansadas
De tanto amor que já dei.
De toda dor que passei
Sem saber como fazer
Teu amor me dá prazer
Iluminando essa vida
Que pensava já perdida
Sem ter muito o que sonhar
Contigo, aprendendo amar
Sem medo sem solidão
Meu verso encontrando então,
A razão para viver!
Na minha alma, tão serena
E por vezes, mais amena
Acena a luz deste amor
Que se for por onde vou
Acabará com a dor
Que tanto tempo marcou
A vida de quem amou
Ávida vida sem gozo,
Sem gosto quase de nada
Sem sequer ter amada
Que possa me traduzir.
Que não precise pedir
Pois sei que sempre virá
Ao meu lado ficará
Nos momentos mais difíceis
Impossíveis de viver.
Que não me deixe sofrer
As esporas da saudade
E que traga claridade
E gosto de liberdade,
Vontade de viajar
Pelos raios do luar
Pelo céu, estrela e mar,
Por toda essa imensidão
Guardada, numa paixão,
Dentro do meu coração!
Leda dor que me maltrata
Que me trata como louco
Amor que tinha, bem pouco,
De gritar, ficando rouco,
Fazendo uma serenata
Lua brilhando em cascata
Ilumina toda a mata
Do meu triste coração
Que Leda não saberia
Vestido de uma alegria,
Trazendo, na poesia,
O vento duma esperança.
Que minha alma sempre alcança
Mas se cansa de esperar.
Em Leda, todo o luar,
Toda a beleza que espera
Como o bafio da fera
Que me espanta e que me atrai
Todo amor da vida atrai
Mas, depressa se distrai
E parte noutro caminho,
Deixando-me tão sozinho.
Sofrendo qual passarinho
Que perdeu o pobre ninho.
E voa sem ter paragem...
Por amar Maria tanto
Sem Maria, então, me amar;
Amaria por encanto
Nesse mar vou me afogar
No mar que trouxe Maria
Que jamais enfrenta o mar
Mas que sempre me amaria
Se soubesse navegar
As ondas do amor maior
Que aprendi e sei de cor,
E que quero te ensinar.
Vem Maria pros meus braços,
Teus abraços, nossos laços,
Em ondas de amor gigantes,
Nos fazendo dois amantes
Que sabemos como amar.
Porém se não me quiseres,
Vou voltar para o teu mar
E no mar que amou Maria,
Matando minha alegria,
Entornando a fantasia,
Nunca mais vou navegar!
Amor em amor consome
E alimenta todo dia.
Não divida, mas sim some
Resultado: uma alegria!

Amor faz do sentimento
Alimento pra viver
Mesmo quando faz doer
Espalha-se pelo vento.
E venta tanta saudade
E também felicidade.
Venta também o tormento
Ventando pela cidade...
E Não pára um só momento
Ventando no velho e moço,
Fazendo tanto alvoroço,
Venta em mulher e criança,
De vento até no pescoço
De vento, enchendo essa pança,
É tanto vento que dança
Em plena praça e na rua,
Esse vento continua
Nunca pára de ventar
Nesse vento me afogar,
Jamais me sai da lembrança
O vento de uma esperança!
Amor trazendo ciúme
É coisa que tanto agita
A rosa com tal perfume
Fica sempre mais bonita.

No ciúme, com certeza
Essa rosa se alimenta
Vaidosa, que mais beleza;
De tão bela, se arrebenta.

Da rosa que tenho em ti,
Orgulhosa, pois é flor,
Todo amor que já vivi,
Arrebentando de amor.

Ilumina toda a terra,
Faz o mundo mais feliz.
No peito que, amor, encerra.
Todo amor que sempre quis.

Minha amada, me perdoa
Se te faço assim sofrer
Mas a vida só é boa,
Se um pouquinho, ela doer.

Ciúmes não precisava
Pois te quero tanto bem
Eu não quero mais ninguém
Por tanto que já te amava;

Mas gostei da reação,
Que, ciumenta, tu tiveste;
Quando amor, ciúme, veste,
Embeleza o coração!
“Venceu-me, o amor, não nego”.
E vencido, assim, prossigo
Vou carregando comigo
A dor que sempre carrego
Acostumei-me e nem ligo!

De tudo que nesse mundo
Procurei, tenha a certeza,
Esse amor que é mais profundo
Agiganta-se na baixeza
Causando-me uma tristeza.

Amor que não se traduz
Por fazer alguém contente
Toda a vida, de repente
Perde o brilho e vai sem luz.
E no coração da gente,
Só saudade inda reluz.

Vencido, sem esperança,
Procurando pelo nada,
Nada resta na lembrança
Só o nada já me alcança
Para o nada, minha estrada...
Amando quem tanto amei
Minha vida se passava
E nada mais encontrava
A saudade virou lei
E pouco a pouco, matava.

Saudade fez covardia
Com meu peito sofredor
Maltratando, todo dia
Matando minha alegria,
Mostrando só desamor.

Não posso falar de flores
Acabou-se meu jardim,
O meu sofrer, sem fim,
Causado pelos amores
Que rimando com as dores,
Vão matando tudo em mim.

Amor que, virando fera,
Mostra logo suas presas
Coração se dilacera
A vida se desespera,
Já não tenho mais defesas.

Mas de que vale uma rosa
Sem ter cor e sem perfume.
Ouvindo tanto queixume,
A rosa tão orgulhosa
Morreu, morta de ciúme!
Rita, quando conheci,
Encontrei nos olhos teus
A luz que ilumina os meus
Em teus olhos me perdi.
Minha vida tão tristonha,
Tão sem rumo, de saudade.
Sem saber felicidade,
Seguia mais enfadonha...
Minha trilha, meu caminho,
Sem destino, me deixava,
Toda noite assim pensava,
Como é duro ser sozinho
Até o mel me amargava.

Já trazia tanto medo
Que não pude ser feliz,
Pois tudo que sempre quis
Acabava num degredo.
Nos descasos alheios,
Meu coração se perdia,
Eu não tinha poesia,
Minha vida em mil receios.
Minha trilha, meu caminho,
Sem destino, me deixava,
Toda vida assim pensava
Como é duro ser sozinho,
Até a fé me amargava.

Mas depois tu chegaste
Minha vida, então mudou,
Meu caminho iluminou
Na noite que enluaraste.
Agora estou satisfeito
E feliz como se vê
Agora tenho um por que,
Ser feliz é meu direito!
Minha trilha, meu caminho,
Tua luz iluminando
Toda vida assim passando,
Já não sigo mais sozinho.
Até o fel me adoçando!
Amor comanda a minha alma
E sempre me desengana
A minha alma soberana
Já está perdendo a calma.

Amor sempre sem razão,
Não me deixa um só segundo,
Vou me perdendo, no mundo,
Em busca de um coração.

A minha alma tem pavor,
Pois sabe que nunca vejo
Esse amor do meu desejo.
Que salve essa alma do amor!
O teu canto me encantando
Faz meu canto ter encanto
E te canto, assim meu canto.
Nosso canto, vou cantando.

Esperando novo tempo
Que não traga sofrimento
Assim a todo momento,
Sem esperar contratempo.

Amor que sempre revela
Esse amor que a gente tem.
Sem teu amor, sou ninguém,
Sou um quadro sem a tela
Vazio, e nada me encanta
Por isso, quando canta,
Todos os males espanta!!

Despedida

Amor que me transtornando
Não me deixa prosseguir,
Venho aqui me despedir,
É melhor seguindo andando.

Toda a minha desventura
Na aventura que tentei
Tanta dor eu encontrei
Vivendo sem ter ventura.

Amor fez estripulia
Com quem menos merecia.
Matou minha fantasia
Acabou com a alegria.

E assim, por toda a vida
Que penei, eu quero paz
Por isso essa despedida.
Graças a Deus! Nunca mais!

Retrato do Nosso Amor

Em amores, me maltrato
Cada vez mais sofredor
Sofrendo por esse amor
Procuro pelo retrato
Guardado numa gaveta
Que nem sei onde é que está.
Muito menos se está lá
Ou então numa maleta
Que deixei na penteadeira
Ou talvez no porta mala
Quem sabe deixei na sala,
Procurei a casa inteira!
Fui ao quarto de visita
E na sala de jantar,
Já cansei de procurar,
A minha alma andando aflita.
Vasculhei o quarto inteiro
Todo lado e todo canto,
Teu amor foi meu encanto...
Já procurei no banheiro?
Foste minha companheira
Tanto tempo nos amamos...
Mas tantas vezes brigamos.
Me lembrei! ‘Stá na lixeira!
Olhos verdes, onde andais?
Vos procuro todo dia.
Toda a minha fantasia
Não vos terei jamais?

Olhos verdes, eu sonhava
Verdes sonhos de esperança
Mas restou só a lembrança
Que nunca me abandonava...

Nos céus pergunto à lua
E as estrelas; nada falam...
Ou não sabem ou se calam
Minha angústia continua...

Essa dor que me maltrata
E me deixa pleno em medo.
Encontrei-vos no arvoredo,
Nos olhos verdes da mata!
Meu olhar já te procura
Em qualquer lugar que for
Em teus olhos pede a cura
Para o triste desamor
Porém eu nunca te vejo.
Escondida estás, de mim,
Mesmo assim eu te desejo
Um desejo que é sem fim.
Tanta dor que já carrego,
E o cansaço de esperar.
Quando resolver me olhar,
Que fazer? Estarei cego!
Amando quem não amava
Amado por quem amei
Tanto tempo assim passei
E nada me completava.
Um dia quis ter Maria
Mas Maria não me quis
Com Renata fui feliz
Mas não durou nem um dia.
Maria vendo Renata
Agora Maria quer
Eu não entendo a mulher
Quanto mais ata, desata.
Vou fazer um juramento
De não tentar entender
O siso quero manter,
Se não vai perdido, ao vento...
Os enganos que, hoje, faço
São causados pelas dores
Que vieram dos amores
Que perderam forte laço.
Esperando teu abraço,
Vou vivendo sem prazer
Meu amor, como é incrível,
Viver um sonho impossível
Como é possível viver?
Assim vou ficar louco
Sem saber se tu desejas
Embora, nestas pelejas,
O POSSÍVEL SEJA POUCO!
As rosas do meu jardim
Procuram por olhos teus,
Que, um dia, já foram meus,
Mas nada encontram, no fim.

Elas e todas as flores
Sabem todas dos meus ais.
Também sentem minhas dores,
Pois não voltarás jamais!