quarta-feira, novembro 08, 2006

Bernarda

Eu ando a mendigar pelas estradas
Buscando por amparo e nada vem...
Ninguém a me sorrir, noites geladas,
Anseio por carinhos mas, ninguém!
As rosas se morreram, desfolhadas,
Os cálices de vinho, quero alguém!
As ondas se passaram, naufragadas
Distantes dos meus sonhos. Perco o trem...
Não tenho mais saída, sou revés.
Rastejo pelo mundo, quebro os pés.
A morte, redentora, não se tarda!
Uma esperança frágil inda resta,
Quem sabe voltarei de novo à festa
Da vida, nas mãos santas de Bernarda!

Bernadete: Aquela que tem a força de um urso

Bernadete: Aquela que tem a força de um urso

A nossa casa, amor, já não existe...
Procuro meus quintais, não mais os vejo.
Meu bem, a vida queda-se tão triste!
A morte vem chegando, em seu cortejo!
Um frágil coração jamais resiste
À ausência dolorosa do teu beijo!
Sou pássaro faminto, sem alpiste,
Sou tarde que perdeu seu azulejo!
Vivendo de ilusões cadê a casa
Onde fomos felizes? Sem jardim,
Mergulho esse infinito, sem ter asa.
Meu mundo se perdendo, sem confete...
É quarta feira, cinzas, mesmo assim,
Teu nome irei gritando: Bernadete!

Berenice: Portadora da vitória, vencedora

Berenice: Portadora da vitória, vencedora

Esmolei tantas vezes teu carinho!
Meus versos em total monotonia...
Um coração morrendo, pobrezinho,
Espera enfim, nascer de novo, um dia...
Meu velho paletó, recende linho,
A chuva no meu peito, nunca estia...
No meu canto, assum preto fez o ninho,
Calada, adormecida, a poesia!
Cinzentas brumas, mares inconstantes,
Derrotado, procuro por teu colo.
Um dia, fomos lúdicos amantes,
O tempo, tão cruel, tudo desdisse...
Altos céus, mergulhei, caí ao solo.
Tu és vitoriosa, Berenice!

Benedita!

Nossa casa, resquícios dum passado
Cruel, difícil, livre, encantador!
Vivemos triste mundo amortalhado,
A vida já não tem nenhum valor!
Maldita esta saudade, vou de lado,
Espero por um dia, redentor!
De colmo, nossa casa, seu telhado,
Porém era sincero, teu amor.

Num êxtase vivemos nossa história.
Idílico caminho sem volta
O tempo derramou a nossa glória.
A noite que nos viu, morrendo aflita,
Em loucos sentimentos, se revolta...
Saudades do teu brilho, Benedita!

Beatriz

Astros que derramaste quando vinhas,
Deitada nas alfombras dos meus montes...
És flor que iluminando minhas vinhas,
Caminhos encantados, rendas, fontes...
As flores que plantaste, todas minhas,
O mundo que transborda tuas pontes.
As ervas que maltratam, mais daninhas,
Nunca irão impedir teus horizontes.
Amada, água tão mansa e benfazeja.
Nas duras tempestades, meu abrigo!
A cor destes faróis, já me azuleja,
Não posso me olvidar de ser feliz!
Meus astros encontrei, não mais persigo.
Estão em teus abraços, Beatriz...

Bárbara: Estrangeira

Bárbara: Estrangeira

As cinzas apagadas, quero o fogo!
Nas chamas destes braços, meus confeitos
Te peço, te repeço, tanto rogo!
Amores que plantei, eram perfeitos...
Nas sendas dos meus sonhos, teu olhar...
No mundo que encontrei, és um vulcão!
Por tantos universos, vou te amar!
Explodes em delírios, coração.
Na brasa que trouxeste, meu desejo.
Quimeras esquecidas, não as tenho...
Embora tantas vezes fecho o cenho,
Na noite que rolamos, verdadeira...
Sentidos e carícias, relampejo.
Bárbara, meu amor, luz estrangeira!

Núria

Núria

A vida, caminheira, não se cansa.
Traduz-se em divinais formas e brilho.
Trazendo, no seu bojo uma esperança.
Depois de tanta dor, me maravilho
Com olhos que iluminam, canto e dança.
Percebo-te num claro e belo trilho,
A luz desta esperança já te alcança.
Num lago, fino amor, de mãe e filho...
Quimeras e disfarces, falsos medos...
Os mágicos delírios de mulher.
No fundo, desvendando-se segredos.
Nos mares, nas montanhas em Astúria,
Caminhos d’oceanos se quiser,
Teus versos sempre encantam, maga Núria!

Aurora: O romper do dia

Aurora: O romper do dia

Tua luz, espetáculo de vida!
Anseio por teus olhos, claros dias!
A chama dos amores, aquecida.
Rondando nossos sonhos, melodias!
Amar-te cicatriza essa ferida
Que a vida me causou; melancolias.
A bela, que julguei, adormecida,
Clareia meu amor com honrarias!
Nas ânsias de saber onde encontrar,
Esqueço-me das dores lá de outrora...
A noite mal termina, volto ao lar
A vida qual verbena, vem, se flora...
Encantos do teu brilho sobre o mar.
Felicidade; vivo amor: Aurora!

Áurea: Aquela que é dourada, de ouro

Áurea: Aquela que é dourada, de ouro

Olhos fitos, buscando por um sol.
Encontro essa riqueza que deixei.
Em meio aos arquipélagos, atol,
Ilha aonde pensava ser o rei!
Minha boca ansiosa te beijei,
Num momento julgava-me farol.
Como é cruel, Meu Pai, a tua lei!
Agora vou sozinho, um catassol!
Dourados os caminhos que passara,
Inebriei-me, tonto, mas passou...
A jóia que dispunha; viva! Rara!
Depois desta tormenta, sobrou nada!
Vazio coração, agora vou,
Buscando te encontrar: Áurea dourada!

Augusta: Aquela que é majestosa

Augusta: Aquela que é majestosa

Pensei que conhecesse meus desejos...
Pensei, apenas soube dos meus erros
Ao conhecer os campos dos desterros
Onde repousam, néscios, nossos beijos!
Procurei por entranhas e sentidos,
Os vales, cordilheiras, foram vãos.
Pensávamos amores como irmãos
No fundo, sentimentos corrompidos...
Agora, que conheço meus defeitos,
Meus lábios te procuram, como um sol...
Meus olhos devorando fartos peitos.
Na vida, esse delírio já me incrusta
Eu t’ amo! Te procuro, girassol,
Na tua majestade, amada Augusta!

Astride: Rainha dos belgas

Astride: Rainha dos belgas

Tu vais, tranquilamente, pelas ruas,
Procuro tuas cores, belo outono...
Imagens de mulheres lindas, nuas
Meu mundo se resume em abandono!
As bocas que sonhei, deveras cruas,
Agora não freqüentam o meu sono.
Mulheres se passaram, foram luas.
De destino cruel, eu sou o dono!
Mas eis que minha sorte se revela,
Na curva desta estrada, se avizinha!
A luz que bruxuleia como vela,
Num segundo, em farol já se transforma.
Beleza sem igual, a noite forma,
Astride, neste outono, uma rainha!

Arlete: Penhor, garantia

Arlete: Penhor, garantia

Trago-te meu delírio e meu remendo...
Minha alma se esgotou sem teus pendores...
As ondas que navego, sem as cores,
São lumes que jamais, de novo, acendo...
Carinhos tão chagásicos vivendo,
Palpitam no meu sol, meus estertores...
Martírios deste mundo sem amores,
O corte do desejo repreendo!
Meu mundo não precisa fantasia,
Fanáticos momentos são inglórios...
A morte dos meus sonhos, sem velórios,
O canto da saudade é garantia.
Meu astro se desfaz, puro confete,
Renasce nos teus braços, Bela Arlete!

Antonieta

Antonieta

Amor que recomeça e não termina,
Se faz destas terríveis emoções.
É fonte do desejo, minha mina,
Embalde procurando corações.
Escuto tua voz , Ó minha sina,
A vida vai passando aluviões...
Gorjeio da saudade me alucina,
As pálpebras verbênicas, paixões!
Os olhos garços, tristes te procuram,
Num átimo te encontram, mas cometa...
As dores que provocas, não se curam.
A morte se aproxima, mas me engana...
Noutro momento, lúbrica, espartana
Deitada em minha cama, Antonieta!

Antonia: Aquela que está na vanguarda, inestimável

Antonia: Aquela que está na vanguarda, inestimável

Alvorada que busco, meu desejo..
Nos braços das estrelas, adormeço.
O canto que dedicas, não mereço,
O medo de morrer me enche de pejo!
Na palidez tristonha, nada vejo,
A vida me transmuda sem tropeço.
Espero fantasias, adereço,
Em meio a tempestades, peço um beijo!
Nos campos procurando uma açucena,
A cor maravilhosa da verbena
Encanta meus olhares, me alucino...
Por quantas noites, tive tanta insônia,
Amor é sentimento em desatino.
A minha salvação: amada Antonia!

Angelina: Aquela que é como um anjo, pura

Angelina: Aquela que é como um anjo, pura

Num vestido de chita bem rodado,
Caminha esta princesa e me domina.
No tempo que sofri, e foi passado,
Procurando, nas matas, rica mina.
Meu mundo parecia desgraçado,
A lua no meu céu já não domina.
Embalde vasculhei o povoado,
Queria te encontrar, bela menina!
Olhando para o chão, onde buscava,
Não pude discernir tua beleza.
A luz do sol já não iluminava,
Meu mundo resumia-se em tristeza.
Mas, quando mais eu me desesperava
Achei, em Angelina, tal pureza!

Alessandra

Juventude perpétua sem queixumes,
Promessas de viver felicidade...
Amar sem sofrimentos, sem ciúmes,
Guardar, bem escondida a vil saudade.
Princesa que me encharca de perfumes
Não quero retornar à realidade!
Na terra dos prazeres, bons costumes,
A fantasia vive na verdade!
Água que pureza não se iguala,
Perfume de lavanda solto ao ar.
A vida tal doçura, calma, inala,
Meus reinos por teu reino, sou teu rei!
Amar é pouco, quero te adorar!
Alessandra, princesa que sonhei!

Açucena - Branca, pura...

Mergulho no oceano dos encantos,
Palácios e princesas, sei de cor.
Não temo nem as urzes, desencantos,
A vida me guardou seu bem maior!

Alvores e manhãs magas belezas,
Meu reino entre diversos, maravilha...
Searas de ternura e de riquezas,
Nos perfumes e cores, flores, tília...

Escuto estas cantigas nos umbrais,
A vida, com certeza, vale a pena.
A noite me promete festivais,

Prateando com a lua, toda a cena.
Deslindam-se loucuras imortais.
Na beleza tão pura de Açucena!


Açucena - Branca, pura...

Acácia - Imortalidade

O mundo me detesta, disso eu sei.
Não tenho nem promessas nem esperas...
O rastro das tristezas que causei,
Me levam aos caminhos das quimeras...
Nos prados das saudades fui o rei.
Vencido por batalhas, priscas eras.
Desgraças que, por certo, te causei,
As dores aplacando frias feras...
Agora me perdoes se és capaz.
O mundo não deseja tal falácia...
Eu quero teu amor, preciso paz.
A vida se demora mas, audaz,
Sabendo-me mortal, eu sou tenaz,
Amor faz imortal a maga Acácia...

ARIADNE: castíssima.

ARIADNE: castíssima.

Magia encantadora conheci,
Nos frêmitos divinos, coração!
Por mundo tão fantásticos saí,
Buscando encontrar a solução
Do vazio que estava todo aqui,
Na quimera feroz, a solidão.
Anseio seus mistérios, me perdi,
À procura do afago, seu perdão!
És pura, teus caminhos sem deslizes,
Sem marcas, que enod'assem teu passado.
Por mais que sempre foram infelizes,
Os dias que passaste mas, dulcíssima
Perdoa coração apaixonado.
Ariadne, mulher linda e castíssima!

ARIADNE: castíssima.

ARIADNE: castíssima.

Magia encantadora conheci,
Nos frêmitos divinos, coração!
Por mundo tão fantásticos saí,
Buscando encontrar a solução
Do vazio que estava todo aqui,
Na quimera feroz, a solidão.
Anseio seus mistérios, me perdi,
À procura do afago, seu perdão!
És pura, teus caminhos sem deslizes,
Sem marcas, que enod'assem teu passado.
Por mais que sempre foram infelizes,
Os dias que passaste mas, dulcíssima
Perdoa coração apaixonado.
Ariadne, mulher linda e castíssima!

ARACI: a mãe do dia, ou seja, a aurora.

ARACI: a mãe do dia, ou seja, a aurora.

Noite que me traria teu amor,
É noite engalanada maviosa.
Explode-se nas chamas, esplendor!
Perfuma meu desejo, linda rosa,
Vestido carmesim, cadê rubor?
Se entrega no festim, audaciosa,
Vulcânica, desmancha-se em calor,
Em meus braços, dilui-se, vaporosa!
Na noite dos desejos e carícias,
Imerso em teus delírios e delícias,
Prazeres que em loucura revesti.
É mar que, enluarado, me convida,
Orgástico, fecunda e se engravida,
Na aurora, mãe do dia, em Araci...

APARECIDA

APARECIDA

No mel de tua boca, pleno gozo,
Nos ventos, meu orgulho de lutar.
Por vezes, meu caminho é andrajoso,
Distantes esperanças, céu e mar....
Vitórias sempre deixam orgulhoso
Quem sempre se perdeu por não amar.
Chama queimará pobre ser teimoso
Ao largo das estrelas, ao luar...
Travando mil batalhas contra a sorte,
Espero preservar a minha vida.
O coração boêmio teme a morte.
A juventude morre, má, fendida.
Amor que representa duro corte,
Renasce em teu olhar; Aparecida!

ANITA

A luz que te traria me enganou,
Não trouxe nem sequer um vago lume.
Saudade que senti, ressuscitou
Nas asas desse amor, um vagalume!
Carrego o muito pouco que sobrou,
A dor, o medo, a ponta de ciúme,
A dúvida feroz, ser o que sou?
Não posso perseguir o teu perfume,
A rosa que deixaste, não brotou...
Perdoe se não posso estar contigo,
Meu grito nunca mais te importará.
À noite, adormecido, não consigo,
Saber o quanto a dor traga infinita,
Estrela dos teus olhos brilhará
No que me restará de vida, Anita!

ANGÉLICA: pura como um anjo.

ANGÉLICA: pura como um anjo.

Celestiais delírios dum poeta!
Composto de ilusão e de tormento.
A vida percorrendo em reta
Caminhos que me leva o pensamento.
No mundo tantas vezes fui asceta,
Distâncias percorri, amado vento.
Tentando ser teu arco, fui a seta.
Amor que me deflagra o sentimento!
Ah! Celestes desejos! Fantasias...
Ns telas que pintaste teus arranjos,
As cores boreais, as poesias...
Por quantas vezes alma levo bélica,
Mas os teus braços, mansos, calmos, anjos
Sossegam meus tormentos, minha Angélica!

ANA: cheia de graça.

ANA: cheia de graça.

Vinda da noite, estrela que me guia,
Seu brilho transformando minha vida.
O canto desta noite, fantasia,
A lua não pretende despedida.
Nos olhos dos cometas, ventania,
Minha alma, em desalento, vai perdida.
Silêncio nos amantes, noite fria,
A noite vai morrendo, amanhecida...
Embora tão distante, dos meus braços,
O canto que se escuta, não disfarça.
Teu rosto nos espaços, finos traços...
Coretos alegrando plena praça,
Em graciosa harmonia, branca garça.
Vai Ana, caminhando, plena graça!

AMÉLIA

AMÉLIA


Bem sei que te fizeram redentora,
Mulher de mil batalhas e de guerra.
A noite que te trouxe, criadora,
Das dores, teu carinho me desterra.

Não posso conceber que quem te adora,
Não vive sem pensar: É bela a Terra.
Dos vales e dos campos és pintora,
Dos pássaros das cores desta serra!

Se tens a mansidão que tanto acalma,
Por certo também tens brilho e ternura.
As linhas do futuro em tua palma,

São flores maviosas qual bromélia.
A vida, em tuas mãos, tanta brandura,
Destino que me trouxe a ti, Amélia!

AMANDA

AMANDA

AMANDA: digna de ser amada.

Amor, meu companheiro de viagem!
Nas curvas e desníveis do caminho,
Espero por teu vento, tua aragem.
Não quero prosseguir assim, sozinho...

A lua vai mudando de roupagem...
No céu prateia e doura cada ninho,
Se enfeitando, tão bela maquiagem!
Amor meu companheiro, passarinho!

Voando pelos campos, beija a flor.
Revoando por mares, cordilheiras...
Encontra esta beleza, e esplendor.

Pesado, coração voa de banda,
As noites são amigas, companheiras,
Decerto eu hei de amar-te, bela Amanda!

AMÁLIA

AMÁLIA
AMÁLIA: trabalhadora.

A vida se transforma em duras lutas,
As luas e desejos se despojam.
Amores e cansaços desalojam
As noites que se foram, frias, brutas...

Nos medos minha angústia, não refutas;
Pois sabes que torturas não se forjam,
Nas dores que, no peito, sempre alojam.
Distâncias e saudades são astutas...

É minha culpa, tento ser sincero,
Unicamente minha! Mas desejo
Que neste nosso amor, que é manso e fero,

A vida não se torne uma mortalha,
A noite que vivemos, nosso beijo,
Na garra que demonstras cara Amália!

ALANNA

ALANNA


Noite chegando, cais distante e triste...
Mar se quebra, falésias, nas areias...
Um brilho neste céu, longe, resiste.
As mãos tão calejadas criam teias.

Esperando por luz que não existe.
Mares distantes, tristes, incendeias
Na força que carregas. Vais, insiste
No mundo que suportam minhas veias.

Noite distante, nuvens levam ventos.
Os medos, as angústias nesse cais...
O mundo não permite sofrimentos,

A noite renasceu, não morre mais...
A vida se ressurge, vai temprana,
Na força que se emana em ti, Alanna!

ALZIRA

ALZIRA
ALZIRA: ornamento, beleza.

Quando Deus fez a Terra, Seu encanto,
Com tantas belas cores enfeitou.
Na voz da natureza pôs o canto.
No meio das estrelas repousou.

Enfeites polvilhou cada recanto;
E belezas sem par imaginou.
Na noite das crianças, acalanto,
São provas que o Divino Pai amou!

Aos homens trouxe a luz d’uma mulher,
Amada companheira de beleza
Ímpar, pois é rainha onde estiver.

O fogo vai queimando numa pira,
A noite se passando sem tristeza.
À minha vida, ornando, deu Alzira!

ALINE: nobre

ALINE: nobre

Vindo de terras nobres e gentis,
Dona dos meus momentos de ilusão.
No tempo em que julgava-me feliz,
Castelo dos desejos: coração!
Meus sonhos, meus anseios mais sutis
Traziam bem distantes a canção,
Minha felicidade por um triz...
Na praia, nestas ondas, no verão!
(Sobre tão bela praia, esta visão)

E eu gritarei teu nome, pelos mares,
Luz mais clara, nobreza feito nome.
Nos campos verdejantes, nos luares,
Nas ondas , nos remansos desta areia...
Uma visagem mágica consome:
Aline, doce, nobre, uma sereia!