quarta-feira, julho 12, 2006

Oração a São IVO


Oração a São Ivo
Faça meu São Ivo, que Jesus meu Senhor ouça minha preces
Dê-me cautela na comida e na bebida
Diligencia e honestidade no trabalho
Firmeza nas minha boas intenções
Faça minha consciência limpa
Minha conduta sem falta
Minha vida bem ordenada
Ponha-me em guarda contra as fraquezas humanas
Faça-me sempre alegre com o meu amor á você
Meu Santo Ivo e ao Nosso Senhor Jesus
Faça me guardar Sua Lei
E seu exemplo
E venha a mim para me salvar
Ensine-me que este mundo é passageiro
Que o verdadeiro futuro está no céu
Que a vida na terra é curta e rápida
Que a vida depois da morte é a eterna
Ajuda-me a preparar-me para a morte
Com o devido temor do julgamento
Mas com a confiança na sua bondade
Esteja, São Ivo, á cabeceira de minha
Cama na minha agonia e
Conduza-me a uma boa morte e
A Salvação eterna
E á interminável alegria do Céu.
Consiga isto com os seus merecimentos
Através de Nosso Senhor Jesus Cristo
Amem

Que São Ivo proteja-nos dos maus advogados, sobretudo.
Que não deixe que a justiça abandone os pobres e os sem força.
Que não permita que os seus afilhados se prostituam ao crime organizado.
Que faça da advocacia uma profissão nobre, onde a sede de justiça prevaleça.
Que não deixe os seus glorificarem os dedos duros, em prol de interesses próprios.
Que faça com que os seus afilhados tenham a verdade como primeira e única meta.
Que não deixem nunca que a ganância deturpe a função para a qual vieram a Terra.
Que o sentimento de honradez seja o norte de suas vidas.
Que resistam à tentação de se prostituírem por dinheiro vil e pelo sangue de tantos.
Que não coadunem com o crime organizado, sendo fiéis servidores de Satã travestido nos Marcolas da vida.
Que não facilitem a entrada de drogas, celulares e afins nas penitenciárias.
Que seus órgãos de representação, sindicatos e ordens, não se sintam onipotentes no julgamento de seus colegas, criando verdadeiros “territórios de reserva” para os mais antigos.
Que não permita que seus afilhados extrapolem a função democrática e honrada para que vieram à Terra.
Que não se permita a utilização de manobras para se adiar a justiça.
Que não pré julguem nem façam afirmações sem provas.
Que não deixem a população com o amargo gosto da falta de justiça e de defesa.
Que não olhem para quem antes de julgar o quê.
Que, se não forem capazes da bondade divina que, pelo menos não sejam incapazes de cooperar com a justiça dos homens.
Que não sejam co autores dos crimes contra os mais fracos e desvalidos.
Que não façam da delação sem provas, ato de heroísmo.
Que não se deixem prostituir pela ganância, em todos os sentidos.
Que não sejam cúmplices de criminosos, de espécie alguma.
Que sejam, enfim, paradigma da justiça e do direito, sem serem os abutres que sangram os mais indefesos nem o sustentáculo dos poderosos, somente pelo fato desses o serem.
São Ivo, protegei os advogados, mas ajudai a nos proteger deles...

A próxima vítima

A situação dos presídios no país é extremamente grave, sendo a geradora de todos os problemas que temos visto nos últimos dias.

Quando a gente vê as condições subumanas a que estão estão sendo submetidos brasileiros nos presídios, principalmente no Estado de São Paulo, podemos observar as causas da gênese e da manutenção e piora da situação gravíssima em que se encontra a segurança pública no país, mormente em São Paulo, aonde chegou ao limite máximo.

Ao se falar em população carcerária, temos que ter em mente que não há somente “bandidos” nas celas. É notória a situação da justiça do Brasil, onde quem não pode contar com uma defesa de boa qualidade, quase sempre acaba sendo condenado.

Observa-se que, nas penitenciárias, não existem separações entre os diversos tipos de criminosos. Um simples ladrão de galinhas convive com presos de altíssima periculosidade, e se tornam reféns desses.

Muitas das vezes, cometendo crimes sob ameaça dos verdadeiros chefes de gangs.

A superlotação penitenciária, com o tratamento imposto aos presos, nos dá uma idéia de inferno, de degradação humana levada às últimas conseqüências.

Tal fato é temerário, partindo-se do pressuposto de que não há um ser humano totalmente imune a erros pessoais ou acusações infundadas, podendo se tornar uma vítima desse sistema totalmente obsoleto e cruel.

Todos os que tentam defender a dignidade do ser humano são tratados pejorativamente como “defensores dos direitos dos bandidos”, como se quem defende o tratamento digno a um ser humano fosse bandido também.

Quando vemos alguns imbecis propagarem absurdos como “bandido bom é bandido morto”, defendendo a ação de grupos de extermínio dentro e fora de penitenciárias, percebemos a que nível chegamos.

Partindo do pressuposto de que somente pobre e sem condições de defesa, podemos considerar então que “pobre que cometeu crime bom, independente do crime cometido, é pobre morto”.

A separação de presos em celas, com o mínimo de tratamento digno, e o afastamento dos criminosos de alta periculosidade dos outros é extremamente necessária e urgente.

Colocar quarenta, cinqüenta pessoas onde cabem no máximo vinte, misturando traficantes com assassinos, ladrões e apenados por toda a sorte de crimes, é misturar joio e trigo, contaminando o trigo e destruindo a possibilidade de recuperação.

Colocando a mão na consciência, nós todos somos culpados e vítimas em potencial deste estado de coisas que está ocorrendo hoje.

A formação de grupos e facções coordenadas é proporcionada por alguns fatores óbvios.

Essa mistura faz com que bandidos mais perigosos, no uso de seu poder dentro e fora dos presídios, ameacem e dominem os mais indefesos, geralmente os que apresentam menor risco para a sociedade.

A falta de atividades, como o trabalho, e a permissividade obtida por “favores” econômicos, com a utilização das propinas que dão direito aos mais poderosos, ao uso de drogas, sexo, uso de telefones celulares, etc., faz com que se possibilite a organização de grupos com poderes absurdos.

A existência do PCC se deve basicamente a esses motivos, aliados à corrupção e a ineficiência do Estado, explicitada durante esta semana, na revolta que atingiu o Presídio de Araraquara.

As imagens de presos colocados ao relento, com doentes entre eles, e sob um risco iminente de epidemias, entre outras coisas, como a alimentação de baixíssima qualidade, o fato de se chumbar o portão, como se fossem feras, demonstram o tipo de relação entre os administradores da custódia e os que estão sob essa mesma custódia.

Não defendo mordomias, muito pelo contrário, defendo sim a dignificação do sistema prisional como um todo; já que ninguém pode se dizer imune aos erros, como já disse.

O trabalho de recuperação desse sistema, com a separação de criminosos pela periculosidade; o trabalho e as atividades produtivas, a utilização de celas mais habitáveis e a total percepção de que toda forma de corrupção dentro das cadeias seja coibida violentamente, é a única saída, em médio prazo para se conter esse problema.

Uma polícia melhor preparada, com vencimentos mais dignos e treinamento mais aprofundado, é urgente e deve ser feito paralelamente aos outros tópicos.

Quando se tem um policial, como no estado de São Paulo, com salários absurdamente baixos, além de se estimular a corrupção e o subemprego, se desestimula a preparação deste para a função que exerce, tão nobre quanto às outras que são base para uma sociedade melhor, como o magistério e a saúde.

Neste caos absoluto, nada mais surpreendente que o Governador de São Paulo afirmar que as forças de segurança paulista bastam para conter essa onda que se observa novamente no Estado.

Se as forças de segurança são as vítimas e não conseguem reagir à altura, nem agora nem antes, como elas estão preparadas?

A ação a ser tomada é obrigação de toda sociedade, pois ela mesma é algoz e vítima, tanto dos bandidos quanto de um Estado absurdamente despreparado para isso, em pleno século 21, vivenciando problemas que os franceses resolveram no século 19, portanto com duzentos anos de atraso.

Quem leu “Os Miseráveis” sabe do que estou falando.

Devemos agir com presteza, sob pena de termos, dentro de alguns anos, não somente uma mas dezenas de PCCs, emergindo em cada unidade da Federação.

Se não fizermos alguma coisa rapidamente, seremos “a próxima vítima” dentro ou fora das grades.

Te rever

Mulher da minha vida, meus sonhos são teus, teus e somente teus.
Sempre procurei por ti, em todos os lugares, todos os momentos, achei que nunca iria te encontrar.
Mas Deus, num momento de bênção, me permitiu te conhecer, numa alegria incontida, me dando o êxtase do nirvana.
Tive-te, mais que isso, fui teu, somente teu, eternamente teu.
Mas, um dia, me deixaste, resgatada pelo mesmo Deus que me permitiu te ter.
A vida passou a não ter mais sentido, nenhum sentido, nenhum prazer, vazia.
A minha esperança é te ter mais uma vez, somente mais uma vez, última vez.
Bem sei que isso é impossível, vives somente nas lembranças e nas fotos, amareladas pelo tempo, guardadas como relíquia na gaveta do quarto; remexidas sempre que me recordo de teus olhos.
Olhos que daria tudo para rever, nem que fosse por um segundo, mais uma vez.
Bem sei que estás no Céu, o anjo mais belo e doce que poderia haver, meu anjo, enfeitando o que se permite pensar ser o Paraíso.
Hoje sonhei contigo, aliás, aprendi a sonhar quando te conheci. Antes a vida transcorria sem sentido, como agora... Agora não, pelo menos tenho a esperança de te ver.
Ou melhor, queria te ver, mas não queria que me visses, as marcas da dor e do tempo são profundas.
Minhas rugas deformaram o rosto, meus cabelos fartos, hoje são tão poucos.
A antiga chama nos meus olhos se embaçaram. Não quero que me vejas, simples sombra do que fui e perdi, desde que foste embora.
Mas Deus, meu Deus, me permita vê-la pela última vez.
A luta diária que travo contra o desejo louco de me encontrar com meu anjo é tão cruel que penso em desistir.
Mas sei que assim talvez nunca mais a veja, talvez assim eu me perca do meu grande e único amor.
Amor, amor, anjo, céus e Deus...
Desculpe-me se, às vezes, reclamo tanto de Ti, Senhor.
Bem sei que a flor me deste e depois tomaste, é a mais bela do Seu jardim.
Antes, deveria te agradecer, mas por favor, imploro-te esse último desejo.
Quero somente vê-la mais uma vez, uma única e última vez...

Tucanolândia - capítulo 7 - Do dengo e da cólera




Um dos principais nomes do reinado de Fernando Henrique Caudaloso era o do seu genial ministro da saúde Joseph Mountain; famoso economista que, quando criança, se apaixonara pelo Almanaque do Biotônico Scott, conhecidíssimo em Tucanolândia como um dos maiores compêndios de medicina popular.
Joseph tanto lera o dito almanaque que se considerava um expert em saúde.
Pena que o vestibular para medicina era mais difícil, por isso se tornara economista.
Grande perda para a saúde de Tucanolândia, que já contava com vários grandes especialistas, como Toninho Bondadeza e Geraldo Aidimin, cujos trabalhos publicados no mundo inteiro, enchiam de orgulho a ciência do reinado.
Mountain pode demonstrar sua sapiência sobre o assunto no programa de televisão Show do Mouse, conhecido apresentador de TV que tinha como ponto forte a assistência social, distribuindo testes de paternidade para a população mais carente, ao responder sobre a epidemia “da” cólera e sobre “o” diabetes, sugerindo que se fervesse a água a sessenta graus.
Mouse tentando corrigi-lo disse que a água fervia a noventa graus, ao que, dentro de toda a sua capacidade, Mountain respondeu que “quem fervia a noventa graus era o ângulo reto”.
O reino da Tucanolândia estava passando por turbulências econômicas, quando o rei Fernando Henrique Caudaloso resolveu cortar os empréstimos às estatais e autarquias responsáveis pelo saneamento básico; pois tinha, como vimos anteriormente, um salutar apreço pelo dinheiro público.
As estatais, como vimos, somente serviam para atrapalhar, então era melhor sucateá-las, reformá-las e, depois, vender. Esse jeito de governar já tinha surtido efeito nos casos da Telefonia e da produção mineral, porque não iria dar certo na saúde?
Mountain aplaudiu a medida, sábia medida.
Mas, como Deus era tucanolandês, mas estava de folga naqueles dias, não é que, por falta de saneamento, começaram a aparecer várias epidemias no reinado. Até doenças como o Tifo e o Cólera que estavam desaparecidas de há muito ressurgiram...
A dengue, explicada depois ao Ministro Joseph que não significava preguiça, mas uma doença causada pela picada de inseto, assim como a leishmaniose visceral, começou a ter alguns casos notificados.
Joseph, querendo saber mais sobre a doença e esclarecer à população sobre quem era ou o que era o dengo – dengo não! Dengue!, resolveu iniciar uma campanha de esclarecimento.
Pois bem, o caso era de esclarecimento mas, como diria Osvaldo Cruz, também de ação direta, com agentes esclarecendo e atuando com a população.
Mas, Joseph, confiante que o povo lia também o Biotônico Scott, como “só” tinha 85 milhões de reais, gastou 82 com a propaganda e três com os agentes.
Propaganda muita, ação pouca, moral da história: somente num dos estados do reino da Tucanolândia, tivemos em quatro meses, duzentos mil casos com “apenas” sessenta e três mortes.
Ah, em tempo, depois de algum tempo, o rei Fernando Henrique Caudaloso amante da medicina preventiva, como vimos acima, resolveu investir num programa cubano de saúde pública, maravilhoso, mas feito de maneira digamos, um pouco eleitoreira, mas isso é outra história.
Quanto a Joseph, falaremos dele mais tarde, mas isso são outros quinhentos...

INTERVENÇÃO JÁ.

SÃO PAULO - O governador Cláudio Lembo adiantou, na tarde desta segunda-feira, 10, que não aceitará ajuda de tropas federais para controlar a situação nos presídios e combater o crime organizado. "Sou grato ao presidente Lula e já aceitei ajuda de logística e informações, mas não quero força federal em São Paulo", declarou Lembo, em entrevista à Rádio Eldorado.
O governador ainda não recebeu proposta formal do ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos. "Não é uma posição de vaidade, mas de realismo administrativo. Se nós preservarmos a nossa Polícia Militar e a Polícia Civil, tudo vai bem. Qualquer interferência externa vai criar entropia", argumentou.
O governador afirmou que a Tropa Nacional é absolutamente desnecessária e que o Estado tem o controle da situação. "O que precisamos é de informação, porque, às vezes, o crime organizado é mais informado que a própria autoridade", disse Lembo. Ele contou que está fazendo reuniões para troca de informações com secretarias de segurança pública do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Quanto à situação dos presos em Araraquara, o governador acredita que tudo deva voltar ao normal depois da reforma, que deve durar seis meses. "Estamos tentando deslocar presos para outras penitenciárias, mas estamos tendo dificuldades para encontrar vagas." Lembo garantiu que os presos estão recebendo o mínimo para sobrevivência.
No início da noite, Lembo recebeu o senador Eduardo Suplicy para discutir as reivindicações dos presos e dos agentes penitenciários de Araraquara. (Colaborou Camila Tuchlinski)
11 -07 -06
Criminosos promovem 38 ataques em 11 horas em São Paulo
Criminosos promoveram, entre a noite de terça-feira (11) e a manhã desta quarta, ao menos 38 ataques em São Paulo, segundo balanço divulgado pelo governo Estadual. Os números se referem a ocorrências registradas das 20h às 7h e não incluem os ônibus queimados na capital, Grande São Paulo e litoral.De acordo com o balanço, quatro pessoas foram mortas no período. De acordo com informações da polícia, o número pode aumentar.Na zona norte de São Paulo, homens armados balearam o soldado Odair José Lorenzi, 29, na frente de sua casa, na favela do Boi Malhado, na Vila Nova Cachoeirinha, por volta da 0h10. A irmã do policial, Rita de Cássia Lorenzi, 39, saiu à janela após ouvir os disparos e também foi baleada. Ambos morreram.No Guarujá (litoral), três vigilantes foram mortos desde a noite de ontem. Um deles trabalhava no IML (Instituto Médico Legal), localizado no bairro de Morrinhos. Ele foi baleado ao atender a porta para os criminosos, que fugiram em bicicletas.Meia hora depois, um grupo de homens pulou o muro de um centro comunitário do mesmo bairro e matou outro vigilante a tiros. As duas vítimas trabalhavam para a empresa de segurança GP.Por volta das 5h, um grupo matou com um tiro no rosto o vigia da linha férrea, localizado na avenida Thiago Ferreira. Até as 8h, o corpo permanecia no local.Em São Vicente (litoral), o filho de um investigador da Polícia Civil foi baleado na noite de ontem e morreu no hospital.Na manhã desta quarta, um policial militar à paisana foi ferido a tiros na zona norte de São Paulo. Por volta das 11h30, ainda não havia detalhes sobre o caso.AtaquesOs novos ataques ocorreram após a prisão de Emivaldo Silva Santos, 30, o BH, acusado de ser o "general" do PCC na região do ABC. Ele foi preso no início da noite de terça, na rodovia Imigrantes, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Há suspeitas de que a prisão tenha motivado os crimes.Ao contrário da ação promovida em maio e atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), os ataques desta quarta --os maiores desde então-- atingiram também dois supermercados, lojas de carros e agências bancárias. Ônibus foram incendiados.Por volta das 3h, os criminosos atiraram e jogaram uma bomba incendiária contra um supermercado na rede Compre Bem na rua Condessa de São Joaquim, região da Bela Vista (centro de São Paulo). O artefato não explodiu, mas o fogo atingiu jornais próximos à entrada da loja.Segundo policiais militares da 1ª Cia do 11º Batalhão, bilhetes em folhas de papel sulfite foram deixados na entrada do supermercado, com recados: "contra a opressão carcerária".Em Higienópolis (também região central), criminosos atiraram contra um dos supermercados da rede Pão de Açúcar na rua Maria Antônia.ÔnibusÔnibus foram atacados, em diferentes pontos do Estado.Em Santos (85 km da capital), um ônibus da viação Piracicabana foi incendiado à 1h, na avenida Senador Dantas, próximo ao Canal 4. Um grupo de homens armados obrigou o ônibus a parar e ordenou ao motorista, sozinho no momento, que saísse. Em seguida, atearam fogo ao veículo, que foi totalmente destruído.Outros ônibus também foram queimados, dois em Santo André (ABC), um em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo) e outros três na região de Pirituba (zona norte de São Paulo).Outros ataquesÀs 0h, uma base da Polícia Militar foi atacada a tiros na praia de Pernambuco, no Guarujá. Ninguém se feriu.Também no Guarujá, atentados atingiram duas lojas de automóveis, no final da noite de terça. Dois carros foram levemente danificados.Segundo os bombeiros, um carro --uma Brasília-- foi incendiado no bairro Santa Rosa. O fogo foi controlado rapidamente.No mesmo horário, dois jovens foram presos acusados de lançarem uma bomba caseira em um caixa 24 horas da avenida Ademar de Barros.A sede da 2º Distrito Policial de Suzano (região metropolitana), localizada na avenida Francisco Marengo, no bairro Miguel Baldra, foi metralhada por volta das 3h desta terça-feira. Aproximadamente 15 tiros atingiram as paredes da delegacia. O prédio estava vazio, já que não funciona no período noturno.Duas bases da Guarda Civil Metropolitana, na zona leste de São Paulo, também foram alvo de ataques. Um grupo de homens armados, em quatro carros, disparou tiros contra a sede do Comando Leste da GCM, na rua dos Têxteis, em Cidade Tirandentes, por volta das 2h20.Uma hora depois, o mesmo grupo disparou mais de 20 tiros contra outra base dos guardas, na praça Getúlio Vargas, em Guainazes. Segundo a GCM, na mesma área os criminosos roubaram cinco táxis para despistar a polícia e realizar novos ataques.Os criminosos também atingiram duas bases da Polícia Militar. Na Praça Rotary, em Santa Cecília (região central da capital), os tiros não chegaram a atingir a base. Já uma base móvel da PM, na rua Flavio Américo Maurano, no Morumbi (zona oeste), foi atingida pelos tiros.MaioNa maior série de atentados promovida pelo PCC, entre 12 e 19 de maio, o PCC promoveu uma onda de rebeliões que atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista e realizou 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.A partir de 28 de junho, os atentados passaram a atingir também agentes penitenciários. Desde então, cinco agentes penitenciários e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio. Ontem, o filho de um agente foi morto na zona sul de São Paulo.
Governador recusa ajuda de tropas federais em São Paulo
"Sou grato ao presidente Lula e já aceitei ajuda de logística e informações, mas não quero força federal em São Paulo", declarou Cláudio Lembo
Camila Rigi


Essas duas notícias demonstram que há uma urgência absoluta de uma intervenção federal no Estado de São Paulo.
Não cabe outra solução, sob o risco de se transformar o estado mais rico do país num novo Iraque. As justificativas de que o Estado tem condições de resolver sozinho os seus problemas de Segurança Pública não têm mais embasamento.
O Governo Estadual se mostra inoperante desde o começo da crise, a bem da verdade, bem antes dela. Desde a formação do PCC, passando pela crise nas FEBEMs e pelas denúncias de conivência das secretarias ligadas à segurança e aos presídios, a partir do fato de que há fortes indícios de que foram avisadas e negociaram para que houvesse o término da primeira etapa desses ataques.
A estrutura do PCC se aproxima da Máfia, com penetração em todos os níveis da estrutura de poder paulista. Passando por um bem montado esquema de distribuição de poder, inclusive com ações coordenadas e bem feitas.
O embrião deste esquema surge com as rebeliões do começo dessa década, tendo tido a vergonhosa ausência de resposta séria pelo governo paulista.
A cada dia, percebemos que a ineficiência deste estado, e sua ação, no mínimo suspeita, por total falta de atitude, sendo omisso em todos os níveis, é a principal fomentadora dessa situação insustentável.
Quando Cláudio Lembo diz que não precisa de ajuda federal, tenta, de qualquer modo, evitar que se respingue a crise nos candidatos ligados à coligação ao qual pertence. A possibilidade do Governo Federal, através dos mecanismos que tem, de resolver essa situação, apavora a cúpula tucana e pefelista.
Isso, a bem da verdade, é um verdadeiro crime contra a população paulista.
Essa é a verdadeira vítima, estando a mercê de um Estado fraco e preocupado mais com um desgaste político do que com a segurança e a integridade de sua população.
Vergonha! A cada assassinato, cada vez mais se clama por Vergonha!
Nunca poderia imaginar que a unidade mais importante da nação estivesse abandonada desta forma.
A intervenção federal se torna a única saída para mitigar o sofrimento e a angústia desse povo, abandonado à própria sorte, no fogo cruzado entre o crime organizado e a soberba de autoridades incompetentes desde o nascedouro até a explosão dessa crise sem par na história nacional.
E o povo, refém desse absurdo, não pode fazer nada; a não ser dar uma resposta a essa situação com seu voto. Execrando essa mesma “elite branca” que tomou conta do estado nos últimos doze anos.
No começo da crise, previamente anunciada e avisada ao poder público, tivemos o assassinato em série de policiais, somente cessando, ao que tudo indica, com acordos selados entre os grupos rivais, ou seja PCC e Governo Estadual.
A polícia, revoltada, promoveu um Carandiru a céu aberto, com mais de trezentos mortos.
E o Estado, omisso em ambas as situações, se disse capaz de resolver.
Agora, o reinício dos ataques demonstra o quanto o DESGOVERNO CRÔNICO QUE SE ABATEU SOBRE SÃO PAULO É CRIMINOSO.
INTERVENÇÃO JÁ!