sexta-feira, dezembro 08, 2006

Não sei se tu sabias ou se sabes
Das sebes e das serpes que hoje sei.
Se somos o que temos não serei
Nos olhos que te cabem não me cabes.

Pois sinto que se queres não acabe
Amor que sempre sabe o que mais quer.
Vencido por não ser o que quiser
Se queres o que quero amor não sabe.

Amor me disse tudo numa frase
Que guardo dentro em mim, vital segredo.
Amor se fortalece e perde o medo,
É lua que transmuda toda fase.

Começa com um lume delirante,
Em pleno plenilúnio nos transforma,
Amor que em paixão já se deforma
Saudades mesmo ao lado traz, da amante.

Depois de algum tempo, em calmaria,
O brilho dessa lua, diminui,
Mas mesmo assim o brilho que possui
Nos ilumina quase como o dia.

Mas quase que sem brilho, ao fim do ciclo,
Se não cuidarmos morre sem querer,
Por isso meu amor preciso ter
Essa força motriz onde reciclo.

E recomeço as fases desse amor,
Para que no final da minha vida,
Eu possa recompor força perdida,
Matando o que causar o desamor!
Onde há luz, com certeza, uma penumbra
Que se ilumina sempre desta luz.
Qual brilho que na treva se produz
Futuro mais tranqüilo se vislumbra.

Repare que os momentos mais incríveis
Se fazem, tantas vezes, da quimera.
A dor nem sempre em outras dores gera;
Os sonhos que lutamos, são possíveis.

Procure pelo lume nessas sombras
Verás assim que nada está perdido.
Da noite que passou sol ressurgido
Na luminosidade em que te assombras.

Não tema, com certeza, o caminho
Difícil que encontraste, não foi vão.
As luzes que virão da escuridão
Prenúncios de que não irás sozinho!
Não deixe que eu magoe quem eu amo,
Nem mesmo que das mágoas faça canto.
Amor sem ter certezas, sofre tanto,
Por isso das tristezas não reclamo...~

Bem sei que tantas vezes duvidaste
Do que sinto em minha alma, só por ti,
Depois de tanto mal que já sofri,
Amor que tanto sinto, virou haste.

Mas nada disso sabes, com certeza,
Pareço, disso eu sei, tão inconstante.
Na vida sempre tive, por amante,
A marca tão feroz de uma tristeza;

Por isso não me deixe que magoe
Amor que enfim, recebo, sem cobranças,
Faremos deste mal, as alianças
E as asas, com as quais, nosso amor voe...
Não deixe que eu magoe quem eu amo,
Nem mesmo que das mágoas faça canto.
Amor sem ter certezas, sofre tanto,
Por isso das tristezas não reclamo...~

Bem sei que tantas vezes duvidaste
Do que sinto em minha alma, só por ti,
Depois de tanto mal que já sofri,
Amor que tanto sinto, virou haste.

Mas nada disso sabes, com certeza,
Pareço, disso eu sei, tão inconstante.
Na vida sempre tive, por amante,
A marca tão feroz de uma tristeza;

Por isso não me deixe que magoe
Amor que enfim, recebo, sem cobranças,
Faremos deste mal, as alianças
E as asas, com as quais, nosso amor voe...
Eu quero me perder em teu caminho
Em meio a tantas trilhas tão diversas,
As minhas, muito tempo mais dispersas
Tanto, que não conhecem mais carinho...

Amar talvez permita a salvação
De quem já se perdeu sem ter valia,
Morrendo o belo amor que se fazia
Do medo e duma espera de perdão.

Mulher que maltratando, quase mata,
Em busca dos seus olhos me perdi.
Agora que percebo, estando aqui,
Que tanto amor assim sempre retrata

Esperanças passadas e deixadas
Por rondas e por noites sem destino.
Amor que me causando desatino,
Espreita a fantasia em emboscadas...

Mas deixe que eu me encontre em me perder
Nos braços e nas sendas penetrantes
Que fazem dos amados dois amantes,
E brinda o meu encontro com viver!
Que o sofrimento sempre nos redima!
Somente vai sofrer quem se enobrece
Pois quem se resguardando, sempre esquece,
Que amar é necessário, e quer estima.

Porém se não sentires mais carinho,
Se a vida não trouxer um sentimento,
És flor que se eximindo perde o vento
E morre sem brilhar qualquer caminho.

Amiga, não te lembras quanto dói
O nascer, simplesmente nos dói tanto
Que ao nascermos, primeiro vem o pranto
E desse santo pranto, se constrói.

Por isso, não se deixe resguardada
Da vida que maltrata e que nos ama.
O fogo que nos queima em forte chama,
Também nos traz a noite iluminada!
Não me ensinaste nesta dura vida
Como poder viver sem teu amor.
A vida passará tão dolorida,
Ensina-me, te peço, por favor...

Em cada amanhecer, procuro o sol,
O mesmo sol que sempre te encontrava
Nessa cama, onde a gente tanto amava,
E nada, nada tenho por farol...

No vento que espalhando teu perfume
Agora nem as flores mais resistem,
Pois sabem que partiste e já desistem,
Nas pétalas sem cores, um queixume...

Nas águas das cascatas que banhavam
Teu corpo divinal, a seca veio,
Saudades do teu alvo e belo seio.
Por onde meus carinhos penetravam...

Não me ensinaste a amar! Tanto sofrer...
Saudades que deixaste, minha amada.
Pedindo, de joelhos, quase nada:
Apenas que me ensines te esquecer!
Perco meu sonho
No mar que te quis
Medonha saudade
De ser mais feliz
Vencida a quimera
Tempero a tristeza
E ponho na mesa,
Já se degenera
E traça da guerra
Vestígios da paz
Amor que se encerra
De vida incapaz
Não serve de rota
Nem brota na alma.
Na calma de sempre
Amor me corrompe
E sempre me vence,
Depois me convence
Que posso sonhar.
E perco meu sonho...

Mas se amor se pretende
Ser mais que saudade
Viver toda a tarde
Na noite morrer
Na cama que arde
De tanto prazer,
Se faz da quimera
E vence a tristeza
Que, posta na mesa,
Nem mesmo me espera
E vai, sem voltar.
Repousa na cama
Depois da festança
Convida pra dança
Que nunca me cansa
A dança da vida
Cumprida e comprida
Saudade esquecida
Vivendo a verdade
Verdade da vida
Gostosa e cumprida
Com todo o prazer!
Nas cordas da paixão
Recordas meu amor
Que tudo se passou
Em mares e amplidão
Buscando solução
Soluços e tristezas
Amantes e princesas
Sapos e sopapos
Beijos e tesão.
Entesamos as almas
Em armas e navalhas
Batalhas e delírio
Círios e novenas
Nas veias e nos olhos
Vendas e verões
Versos , convenções
E vimos como
Os limos
E limões
Se fazem
Das paixões...

Mais cedo
Que o medo
Paixão jaz
Seu enredo
Em nossos corações!
Amigo, persigo o tempo
Nem sempre consigo
O tempo perdido
Jamais se retorna.
Entorna a saudade
De tudo que tive
Da terra onde estive
Saudade que vive
No peito que chora.
A dor se decora
Das cores do nada
As dores sem nada
A cada momento
Tormento e termômetro
Da falta de amor.

Amores que sabes
Não cabem na vida
Que tanto curtida
Não sabem amar
Nem podem esperar
O tempo que passa
Esvai em fumaça
E traça um destino
Em meu desatino
Diz tino e não tato
O fato é que quero
Há tanto que espero
E nada de amor.
Somente o não
Sementes no chão
Morrendo em grão,
Aborto de sonho
Ao qual me propus
Meu barco, onde pus
Um cais abortado.

Bem sei que essas queixas
Por faltar madeixas
Não deixas florir.
Em braços mais fortes
Amigo, essas sortes
Não vão resistir.

Agradeço,querido
Se trazes sentido
E rumo a meu rumo
Que sem seu aprumo
Desaba em tristeza
E sempre me assombro
Poder de teu ombro
Sem nada querer
Ajuda a vencer
As curvas da vida
Nas turvas ribeiras
Que formam esteiras
Onde costumo deitar.
Amigo, agora
A vida lá fora
A dor evapora
A hora, nossa hora
De novo sair.
Vivendo tão sozinho e desdenhado
Nas ondas infinitas desta dor
O tempo que se passa em desamor
Matando pouco a pouco o ser amado.

Ser amado por ti... Ah! Quem me dera!
Mas nada das promessas que fizemos...
Os erros que, infelizes, cometemos;
Alimentando a fome da quimera.

Nesta escuridão, sombras que persigo
Chorando por perder quem tanto quis.
Insanidade mostra o seu matiz
Cada vez mais distante, não consigo..

As loucuras que fiz por quem amei,
As minhas mãos afagam o invisível.
Amor, assim, tão forte e mais incrível,
Retratando o meu mar que naufraguei...
Embebido do amor que me transtorna
Nas sombras de meu triste pensamento
Loucura de viver um só momento
Paixão que no meu peito já se entorna...

A quem confessarei o meu tormento?
Às pedras? Às estrelas ou ao mar?
Ao sol, às nuvens, plantas, ao luar?
Se neles eu não acho sentimento.

Em milhares de nuvens me nublando,
As lágrimas das nuvens do meu peito
Se em nada mais terei sequer direito,
O tempo, sem teus braços, vai passando.

Quanto mais me vês, penso, não amas,
E clamo pelas chamas que escondeste.
Do mal que tanto fiz, tão mal fizeste
Que mal posso entender do que reclamas.

Bem pagas minhas dívidas, receio,
Que nada mais indica seu perdão.
Então se não me queres quero um meio
De apagares a chama da paixão!